Há muito tempo que eu queria ler este livro. Nunca tinha visto o filme porque não gosto particularmente de ver os filmes antes de ler os livros. Mas a curiosidade de conhecer esta história era imensa e, graças a um empréstimo, surgiu finalmente a oportunidade.
Dei comigo agarrada à história em apenas um ou dois capítulos. Conhecemos Louisa, uma jovem banal, que vive numa aldeia de onde nunca saiu, com uma vida completamente banal. Quando fica desempregada, e uma vez que a família está a passar dificuldades, aceita um emprego para cuidar de Will Traynor, um homem que ficou tetraplégico após um atropelamento.
Will é muito temperamental e autoritário, o que faz com que a relação de ambos não comece nada bem. Contudo, Lou tem uma forma muito própria de ver a vida, com uma certa alegria e ingenuidade, e recusa-se a tratá-lo com pena e complacência.
A narrativa é maioritariamente contada na perspetiva de Louisa e a verdade é que adorei a voz dela. Lou é muito humilde e ingénua e tudo o que nos conta tem essa aura de ingenuidade, de inocência, de divertimento. A sua personalidade é tão colorida como as roupas que utiliza e que são sempre tão estranhas e diferentes que Will as considera ridículas.
Creio que é impossível alguém ficar indiferente a esta história. São abordados temas importantíssimos e até um pouco controversos, como o direito à liberdade de escolha, quais as suas consequências e a forma como reagem as pessoas à nossa volta.
A autora abordou esta temática com muita humanidade, colocou-nos verdadeiramente a pensar (ou, pelo menos, a tentar) no que faríamos se estivéssemos nesta situação. O tema é tão complexo e sensível que eu não consigo ainda formular uma opinião. Entendo os pontos de vista de todos os intervenientes, mas é mesmo difícil colocar-me na pele de Will, tentar imaginar o que é ter uma vida ativa e, de um momento para o outro, ficar agarrada a uma cadeira de rodas, completamente dependente de alguém.
A relação que Lou e Will desenvolvem cresce de forma maravilhosa. Will ensina Lou a ver a vida de outra forma, mesmo que seja ela quem esteja a tentar mudar a visão dele. A verdade é que ele faz muito mais por ela, mostrando-lhe que existe mais vida e mais experiências para lá do pequeno mundo onde ela vive. Às vezes precisamos mesmo de viver com ousadia, arriscar, sair da nossa zona de conforto, mesmo que o desconhecido nos pareça terrível.
Em relação ao final do livro, acho que foi o mais adequado, talvez o mais realista. O leitor sabe desde cedo o que poderá acontecer, mas isso não impede o nosso coração romântico de desejar que o desfecho seja outro. Achei-o perfeito!
Viver Depois de Ti sobressaltou-me as emoções. Tinha receio de que me deixasse mergulhada numa ressaca mas a verdade é que estou grata pela oportunidade de conhecer esta lindíssima história. Vou recordar Lou e Will por muito tempo e é um daqueles livros que farei questão de comprar para ter na estante.
Embora muitos leitores tenham receio de ler a continuação (porque este livro é tão bom que podia ficar por aqui), a verdade é que sinto imensa curiosidade em saber como terá continuado a vida de Lou. Por isso, decidi que vou ler os dois livros que dão continuidade a esta história.
Um livro incrível, comovente, escrito com muita sensibilidade e que acredito que deveria ser lido por toda a gente. Esta temática é demasiado importante para ser ignorada. Leiam!
Classificação: 5/5 estrelas
Não tenho nada acrescentar. O livro é mesmo isso tudo. Depois das nossas conversas, a minha vontade de ler os seguintes tem vindo a aumentar. :)
ResponderEliminarFico mesmo feliz por teres gostado tanto desta história.
Beijinhos,
Silvana
Gostei mesmo muito e fico a sentir-me mais rica por ter conhecido esta história. Será um dos melhores do ano, sem qualquer dúvida!
EliminarVou querer ler os seguintes!
Beijinhos :)