quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Balanço de leituras e Top 10 - 2020

2020 foi um ano atípico, completamente diferente de tudo o que já vivemos. Tivemos de aprender a conviver com uma pandemia e passamos muito mais tempo em casa. Para muitos de nós, leitores, os livros desempenharam um papel ainda mais importante nestes tempos conturbados.
 
Agora que o ano está mesmo a dizer adeus, chegou o momento de fazer o habitual balanço de leituras e de eleger o meu Top 10 de melhores leituras.

Este ano baixei o meu desafio do Goodreads. Não queria sentir-me pressionada e, por isso, desafiei-me a ler 30 livros. Embora tenha tido alguns momentos de desânimo em que a vontade de ler era quase nenhuma, acabei por conseguir andar sempre à frente da minha meta e ultrapassar o número de leituras a que me tinha proposto. Conforme se pode ver na imagem do meu desafio de leitura do Goodreads, completei o desafio sem dificuldade!


Assim, em 2020, consegui ler 38 livros.
Li ligeiramente mais no 2º semestre do ano, mas a diferença entre os semestres é apenas de dois livros.

Aqui estão as minhas leituras mais curta e mais longa:


Este ano li apenas 1 livro em e-book.

No total, contei 13 571 páginas lidas, valor inferior ao do ano passado, assim como o número de livros.
Li 3 livros que considerei calhamaços - com mais de 500 páginas, valor também inferior ao do ano passado.
O valor que li dá uma média de 37 páginas por dia, o que significa que tenho mantido o meu ritmo de leitura. Gosto de ler todos os dias mas geralmente, durante a semana, leio muito pouco. Acabo depois por compensar com algumas tardes de leitura!
 
 
A média de pontuação (1 a 5) atribuída aos livros no Goodreads foi de 3.9, valor que subiu ligeiramente em comparação com os dois anos anteriores.
No ano passado atribuí 5 estrelas a 8 livros; este ano foram 5 os livros que classifiquei com a pontuação mais alta. Sou exigente com os livros mas acredito que alguns merecem as 5 estrelas, por isso não devemos ter medo de as dar.

Por outro lado, não atribuí nenhuma 1 estrela, mas classifiquei 1 livro com 2 estrelas. Por muito que custe dar uma pontuação baixa a alguns livros, devemos também ser exigentes nesse aspeto.

No que diz respeito a géneros literários, os que mais se destacaram este ano continuaram a ser o thriller/policial, com quase metade das leituras dentro destes géneros. Adoro este tipo de livros, por isso é natural que continuem a ser frequentes no meu dia a dia.
As restantes leituras foram muito diversificadas, passando por vários géneros.

Conheci 18 novos autores, valor também inferior ao do ano passado. Este ano, li mais autores do sexo feminino, embora a diferença não seja grande.

Li 8 autores portugueses, valor inferior ao do ano passado. No entanto, estou bastante satisfeita com os autores que li.
Os autores portugueses que li este ano pela primeira vez foram: José Rodrigues, Joana Ferraz, Susana Amaro Velho e Manuel Monteiro.
 
Este ano também repeti vários autores: li 2 livros da Julia Quinn, da Colleen Hoover, da Chloé Esposito, do Chris Carter, do José Saramago e da Tess Gerritsen.

Relativamente à proveniência dos livros, li 17 livros comprados e 9 emprestados. Li também 3 que vieram de parcerias com editoras.

Por fim, apresento um gráfico que ilustra o progresso da leitura dos livros da minha estante. Pode-se constatar que prestei mais atenção a livros adquiridos em 2019 e 2020. No total, li 22 livros meus. No próximo ano, o objetivo será continuar a ler os livros da estante, nomeadamente os mais antigos.


Em 2020, destaco a participação em dois desafios de escrita: o Desafio de Escrita dos Pássaros e o desafio Atreves-te a Escrever?
Tenho ainda um conto publicado na antologia de Fantasia Rural O Resto é Paisagem, da Editorial Divergência.

Por fim, deixo-vos o meu habitual Top 10 de melhores leituras, sem ordem de preferência.


TOP 10 - 2020


      Resta-me desejar-vos um excelente ano de 2021 com muito sucesso a todos os níveis e consigamos finalmente ver o fim desta terrível pandemia. Espero que a vossa vida continue preenchida de amor, saúde, trabalho e, claro, bons livros para ler no novo ano que se avizinha!

      Aquisições: Dezembro

      Estamos prestes a dizer adeus a 2020, mas ainda há tempo para vos mostrar o que chegou cá a casa este mês.
      Vamos ver?
       
      - Logo no início do mês recebi um livro do Harlan Coben que comprei ainda em novembro, na plataforma Trade Stories. Tenho ficado cada vez mais fã deste site de troca e venda de livros!
      Consegui ainda no OLX mais um livro da série de Tess Gerritsen, ficando agora apenas a faltar-me um volume para ter a série completa!

      Por fim, o Kentukis surgiu de uma espécie de desafio que fiz no Instagram. Seguindo a ideia original da @booksofbela, pedi aos meus seguidores que me recomendassem um livro que valesse realmente a pena. A ideia seria eu escolher um e comprá-lo como uma prenda de Natal para mim, recomendada pelos meus seguidores.
      Em vez de fazer um sorteio de entre as várias sugestões que recebi, decidi desafiar-me um pouco mais e escolher o livro que achei mais estranho, aquele livro que provavelmente eu nunca compraria. E foi assim que o Kentukis chegou cá a casa. Estou super entusiasmada com ele! Será que vai ser uma boa leitura?
       
      COMPRAS
       
      - Por altura do Natal, recebi estes dois livros da Silvana. O primeiro faz parte de um conjunto de livros que ambas ganhamos num passatempo. A Silvana tem andado a lê-lo e posteriormente reencaminha-os para mim.
      O livro da Ana Gil Campos é uma edição de autor que a Silvana sorteou no seu blogue. Um dos participantes ganharia o livro e os outros a possibilidade de o ler. Eu fui a primeira a recebê-lo para o ler em breve!
      Por fim, no último dia do ano encontrei-me com a minha amiga e fizemos a habitual troca de livros. Ela trouxe-me o segundo volume da série de Sebastian Bergman.
       
      EMPRÉSTIMOS
       
       
      - O Natal foi generoso comigo. Recebi mais um livro do Saramago para a minha (ainda pequena) coleção e um da Gillian Flynn que parece muito interessante. Vou ter boas leituras no próximo ano!

      PRENDAS NATAL


      E desse lado, como correu o vosso mês de dezembro a nível de aquisições literárias?

      quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

      As 10 opiniões mais lidas de 2020

      Já se tornou hábito chegar ao fim do ano e reunir a lista com as 10 opiniões mais lidas no blogue ao longo do ano. Gosto muito de analisar estes resultados, por isso aqui estão as opiniões que despertaram mais interesse em 2020.

      Este ano li 38 livros e publiquei 40 opiniões, uma vez que duas estavam em atraso do ano anterior.


      Aqui estão as 10 mais lidas de 2020:

      . Verity [Colleen Hoover] - 150 visualizações

      2ª. A Bela e o Vilão [Julia Quinn] - 114 visualizações

      . O Cliente [Vi Keeland] - 104 visualizações

      . Vidas Adiadas [Dorothy Koomson] - 103 visualizações

      . Cassiopeia [Joana Ferraz] - 96 visualizações

      . Vozes de Chernobyl [Svetlana Alexievich] - 94 visualizações

      . A Rapariga que Veio do Frio [Gilberto Pinto] - 81 visualizações

      . Os Pássaros [Célia Correia Loureiro] - 76 visualizações

      . Escrito na Água [Paula Hawkins] - 70 visualizações

      10ª. Aquele Beijo [Julia Quinn] - 66 visualizações

      Mais uma vez, nota-se um decréscimo no número de visualizações. Tenho constatado que muitas pessoas preferem ler opiniões no Instagram (tornam-se mais apelativas com as fotografias) e os vídeos continuam a ter um maior impacto. No entanto, acho importante continuar a publicar opiniões escritas, que têm tanta ou melhor qualidade que os vídeos.

      Apenas duas opiniões foram publicadas no segundo semestre do ano, o que significa que as restantes tiveram mais tempo para serem procuradas, tendo recebido assim mais visualizações.

      Um facto curioso é que, nesta lista, apenas encontramos um livro de um autor masculino. Este ano, as mulheres ganharam! A Julia Quinn aparece com dois livros.

      Enquanto em 2019 a lista contava principalmente com policiais, thrillers e terror, este ano regressa a diversificação. Temos romances fofos, thrillers e até não-ficção.

      Todos os livros foram bons, surpreenderam de alguma forma e quatro deles fazem parte do meu Top 10 de melhores leituras de 2020.

      Por fim, dou os parabéns aos três autores portugueses - Joana Ferraz, Gilberto Pinto e Célia Correia Loureiro - que conquistaram um lugar nesta lista!

      terça-feira, 29 de dezembro de 2020

      "Sombras" de Patricia Morais [Opinião]


      Sombras é o primeiro volume de uma série da autora portuguesa Patricia Morais, dentro do género da fantasia urbana.

      Aqui conhecemos Lilly Ashton, uma jovem que tinha uma vida perfeita, até à noite em que tudo se desmorona à sua volta. De forma a conseguir lidar com a tragédia, Lilly age impulsivamente: muda-se para o outro lado do Atlântico para estudar Folclore e Mitologia. Contudo, depressa percebe que alguns dos monstros que pensava só existirem nos livros, afinal existem mesmo. E é aqui que conhece a organização de caçadores de demónios: os Diabolus Venator.

      Iniciei a leitura deste livro com alguma curiosidade. Apenas tinha lido um pequeno conto da autora, publicado na antologia Os Monstros que nos Habitam.

      Um primeiro aspeto que considero importante e que me chamou a atenção foi a revisão do livro. A autora referiu que o livro foi revisto pela editora, no entanto encontrei alguns erros e gralhas que me perturbaram e fizeram acreditar que a revisão foi muito superficial. Os autores portugueses têm todo o direito a boas revisões por parte das editoras, uma vez que isso melhora muito o aspeto final de um livro.

      Relativamente à história, não é das mais empolgantes que já li mas encontramos algum suspense, momentos de ação e uma pitada de romance, que vão mantendo o leitor curioso.

      [Fotografia da minha autoria]

      A autora pesquisou imenso acerca do mundo sobrenatural e das criaturas que nele habitam, mas senti falta de mais explicações no livro. Queria ter conhecido novas criaturas mas estas foram mencionadas muito brevemente. A narrativa baseou-se principalmente em guerras entre lobisomens e vampiros, o que considerei cliché, apesar de não ler fantasia com muita frequência.

      A minha parte preferida do livro foi a primeira missão da Lilly. Fez-me recordar a série Supernatural, que vi durante muitos anos. Esses dois capítulos estavam incrivelmente bons e senti mesmo que estava a ver um episódio da série. Mais tarde, em conversa com a autora, ela referiu que Supernatural foi uma das suas inspirações e este capítulo foi a forma que encontrou de prestar a sua homenagem à série.

      Senti também falta de desenvolvimento em algumas personagens. São muitas e algumas delas pareciam um pouco desligadas, sem crescimento ao longo da narrativa. Liam foi aquele que me gerou mais sentimentos controversos. Parecia quase bipolar: tanto era gentil, como no minuto seguinte já estava a comportar-se rudemente, sem qualquer explicação para isso. As explicações foram chegando aos poucos, mas ainda não estou totalmente convencida e gostava de conhecer mais dele nos volumes seguintes da série.

      No geral, não foi um livro marcante, mas ficou a vontade de querer conhecer a continuação da história. Parece-me uma boa leitura para os mais jovens que apreciam fantasia.

      Classificação: 3/5 estrelas

      segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

      Desafio Literário Ataque à Estante 2020 [Balanço Final]

      Este ano criei o Ataque à Estante, um desafio literário que tinha como objetivo controlar as compras e incentivar à leitura dos livros da nossa estante.


      Por cada livro comprado em 2020, o objetivo seria ler 2 livros da estante que tivessem sido adquiridos até ao final de 2019.
      Os livros comprados este ano não contariam para o desafio.
       
      Fazendo agora uma análise aos meus resultados, posso afirmar que não cumpri o objetivo a que me propus. Comprei 25 livros (mais três que ofereci e que por isso não constam da tabela) e apenas consegui ler 13 livros antigos da minha estante. Para este volume de compras, deveria ter lido 50 livros, um número bastante ambicioso para mim.
      A verdade é que adoro aproveitar promoções e comprar livros em segunda mão e, em certas alturas, não foi nada fácil resistir a um livro novo. Contudo, também não considero que tenha comprado demasiados livros.
      Marcados a laranja estão os livros adquiridos em 2020 que também já estão lidos, o que significa que não me limitei a comprar e acumular. No total, li 22 livros meus, o que equivale a mais de metade das minhas leituras deste ano.

      No próximo ano vou manter o objetivo de ler o máximo possível de livros da minha estante e continuar a controlar as compras e a ser mais poupada.

      De seguida, apresento a tabela preenchida e a lista dos livros comprados e lidos.

      C = Compra; L = Leitura da estante


      C1 - A Morte do Papa [Nuno Nepomuceno]
           L1 - Verity [Colleen Hoover]
           L2 - O Carrasco do Medo [Chris Carter]
      C2 - O Prof [Vi Keeland]
           L3 - Lembranças Macabras [Tess Gerritsen]
           L4 - O Homem dos Sussurros [Alex North]
      C3 - Messias [Boris Starling]
           L5 - A Bela e o Vilão [Julia Quinn]
           L6 - A Agência [Ally O'Brien]
      C4 - Não Fujas Mais [Harlan Coben]
           L7 - Carrie [Stephen King]
           L8 - Escrito na Água [Paula Hawkins]
      C5 - A Corrente [Adrian McKinty]
           L9 - O Evangelho Segundo Jesus Cristo [José Saramago]
           L10 - O Predador da Noite [Chris Carter]
      C6 - Os Pássaros [Célia Correia Loureiro]
           L11 - A Única Filha [Anna Snoekstra]
           L12 - Seita Maldita [Tess Gerritsen]
      C7 - Por Amor à Língua [Manuel Monteiro]
           L13 - Antecedentes Perigosos [Tami Hoag]
      C8 - Diário de uma Obsessão [Claire Kendal]
      C9 - Sempre Tu [Colleen Hoover]
      C10 - A Maldição de Hill House [Shirley Jackson]
      C11 - As Filhas de Eva [Louise O'Neill]
      C12 - As Últimas Linhas Destas Mãos [Susana Amaro Velho]
      C13 - Atirar a Matar [Harlan Coben]
      C14 - O Atleta Desaparecido [Harlan Coben]
      C15 - Perto Demais [Colleen Oakley]
      C16 - Quarta Campa Debaixo dos Meus Pés [Darynda Jones]
      C17 - A Espia do Oriente [Nuno Nepomuceno]
      C18 - O Regresso [Nicholas Sparks]
      C19 - Não Fales com Estranhos [Harlan Coben]
      C20 - Inspeção [Josh Malerman]
      C21 - A Última Vítima [Tess Gerritsen]
      C22 - A Menina dos Doces [Pedro Cipriano]
      C23 - Promete-me [Harlan Coben]
      C24 - Morrer Duas Vezes [Tess Gerritsen]
      C25 - Kentukis [Samanta Schweblin]

      domingo, 27 de dezembro de 2020

      Desafio Mestre do Crime 2020 [Balanço Final]

      Este desafio foi criado pela Silvana do blogue Por detrás das palavras e tinha como objetivo ler thrillers/policiais/livros de mistério. Soube de imediato que teria de participar, uma vez que este tipo de livros está entre os meus preferidos.

      Foi, sem dúvida, o desafio que melhor me correu este ano! Não atingi os 20 livros - ficaram a faltar-me os 3 de escritores não americanos - mas estou extremamente satisfeita com o meu desempenho. Metade das minhas leituras de 2020 inseriram-se no meu género preferido, por isso posso afirmar que o balanço foi muito positivo.
       
      De seguida, deixo a lista de todos os livros que li para cada nível e as respetivas opiniões.


      Nível 1:
      1. Verity [Colleen Hoover] ---» escrito por uma mulher
      2. O Carrasco do Medo [Chris Carter]
      3. Louca [Chloé Esposito]

      Nível 2:
      4. Lembranças Macabras [Tess Gerritsen]
      5. O Homem dos Sussurros [Alex North]
      6. Segredos Obscuros [Hjorth & Rosenfeldt]
      7. Não Fujas Mais [Harlan Coben]
      8. A Morte do Papa [Nuno Nepomuceno] ---» autor português

      Nível 3:
      9. A Corrente [Adrian McKinty] ---» publicado em 2020
      10. A Paciente Silenciosa [Alex Michaelides]
      11. Escrito na Água [Paula Hawkins]
      12. O Predador da Noite [Chris Carter]
      13. A Única Filha [Anna Snoekstra]
      14. [Chloé Esposito]

      Nível 4:
      15. Os Passageiros [John Marrs]
      16. Seita Maldita [Tess Gerritsen]
      17. Antecedentes Perigosos [Tami Hoag]

      sábado, 26 de dezembro de 2020

      "Antecedentes Perigosos" de Tami Hoag [Opinião]


      «Um thriller arrepiante com um toque romântico.»
      New York Daily News
       
      Na tentativa de continuar a dar atenção aos livros da minha estante, decidi pegar neste que tinha sido adquirido numa troca, em 2014. 
      Já me tinha cruzado com vários trabalhos da Tami Hoag na época em que o meu pai era sócio da Círculo de Leitores, mas nunca lera nada da autora.

      Este é o terceiro livro de uma série protagonizada pelos detetives Sam Kovak e Nikki Liska. Embora tenha também o primeiro livro da série, apeteceu-me começar por este simplesmente por ser versão de bolso e mais leve de manusear.

      Se puderem, não leiam a sinopse. Na minha opinião, ela revela demasiado, incluindo um acontecimento que só ocorre depois de trezentas páginas. Senti que aquilo foi um pequeno spoiler; à medida que ia lendo, estava sempre à espera que aquilo acontecesse.

      O que precisam de saber acerca desta história é o seguinte: após um terrível assassínio, a juíza Carey recusa-se a condenar Karl Dahl, o homem que todos acreditam ser o culpado. As provas não são conclusivas e a juíza não quer condená-lo apenas com base nos seus antecedentes. Contudo, isto gera uma onda de protestos na comunidade, deixando várias pessoas furiosas. Nesse mesmo dia, a juíza é atacada no parque de estacionamento e os detetives são chamados para descobrir o atacante.
       
      [Fotografia da minha autoria] 

      Gostei de conhecer estes dois detetives, embora não tenha acompanhado a sua história desde o primeiro volume. Consegui perceber que Sam tem dificuldade em ter uma vida amorosa, o que é um cliché bastante comum nestes livros, e que é muito dedicado aos casos em que trabalha.

      A juíza Carey é-nos mostrada como uma mulher dura, quase sem compaixão. É assim que as pessoas a vêem. No entanto, o seu trabalho como juíza, em que necessita de ser imparcial, não é tão preto no branco. Após ser atacada, vemos uma mulher frágil, que também tem sentimentos e inseguranças.

      Confesso que encontrei vários clichés neste livro, mas não deixou de ler uma leitura interessante e que me envolveu. Temos vários suspeitos que guardam rancor à juíza e qualquer um deles poderá ser o culpado do brutal ataque. E depois temos o prisioneiro que foge da prisão e lança o pânico na cidade.
       
      Creio que a autora conseguiu distribuir bem o suspense e alternar a narrativa por várias personagens, de forma a manter o leitor sempre atento.

      Gostei de conhecer o trabalho desta autora e fiquei com vontade de ler o outro livro que também tenho dela. Será mais um antigo da estante que pretendo ler em breve!

      Classificação: 4/5 estrelas

      quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

      Mensagem de Natal


      Neste ano tão atípico, em que sentimos tanta falta dos abraços e dos afetos, precisamos ainda mais que a magia do Natal nos envolva e nos traga esperança para o novo ano que se aproxima.

      Deixo os meus mais sinceros votos de um Feliz Natal a todos os leitores que me acompanham diariamente, amigos e seguidores que partilham esta paixão pelos livros. Felicito também as editoras parceiras que continuam a permitir-me ler algumas novidades literárias e partilhá-las com os leitores.
       
      Espero que vivam um Natal doce e aconchegante com aqueles que amam e que os vossos corações se encham de paz e esperança.
       
      Desejo-vos igualmente um excelente ano de 2021, com saúde, amor, amigos, sucesso pessoal e profissional e, claro, muitas boas histórias para ler!
       
      Votos de Festas Felizes para todos!

      quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

      "O Prof" de Vi Keeland [Opinião]


      Vi Keeland é aquela autora cujos livros são assim uma espécie de corta sabores, ou seja, são livros ótimos para intercalar com leituras mais pesadas. Depois de ler alguns thrillers, fiquei com vontade de um romance mais fofinho e escolhi este que estava na minha estante.

      Já tinha lido O Boss e O Cliente, achei o primeiro hilariante e o segundo agradável. Agora, O Prof foi o meu preferido no que diz respeito à história do passado das personagens.

      A Rachel e o Caine não se conhecem propriamente da forma mais simpática. Ela está num bar, um bocado bêbada, confunde-o com outra pessoa e vai insultá-lo rudemente. No dia seguinte, descobre que ele é o professor de uma disciplina em que ela vai lecionar como professora assistente. Um início que logo ali promete momentos bem engraçados!

      As interações entre os dois nem sempre são simpáticas, o que naturalmente se traduz em momentos de gargalhadas para o leitor.

      Rachel vai descobrir algumas coisas acerca de Caine, contudo, ao tentar abordar o assunto, ele mostra-se reservado, como se estivesse a esconder algo. É aqui que a narrativa viaja para o passado, dando-nos a conhecer o jovem Caine e os acontecimentos que o moldaram na sua vida adulta.

      [Fotografia da minha autoria]
       
      Gostei muito de conhecer estes dois protagonistas. Rachel é aquela jovem toda despachada que tenta conciliar um trabalho num bar enquanto termina o doutoramento. Nunca consegue chegar com pontualidade a lado nenhum e é extremamente resmungona!
      Por sua vez, Caine é o tipo de homem que afirma já ter destruído todos os seus relacionamentos anteriores e que por isso não é digno de estar com alguém. Embora sinta uma enorme atração por Rachel, acha que não devia envolver-se com ela porque, mais cedo ou mais tarde, vai acabar por estragar tudo e magoá-la.

      Mas o que será que Caine esconde? Será assim tão grave? Será que cometeu um erro assim tão imperdoável no passado?
      Eu li este livro muito depressa. Sentia-me extremamente curiosa e, quando percebi o que unia estas personagens e como o passado se relacionava com o presente, fiquei surpreendida e de coração derretido, pois achei a parte final da história muito bonita e ternurenta.

      Este é um livro que fala sobre perdão, principalmente a capacidade de nos perdoarmos a nós próprios. Por vezes, acontecem coisas ruins na nossa vida, que deixam marcas, mas em que a culpa não é nossa. Isso deixa-nos com uma grande sensação de culpa mas a verdade é que, se voltássemos atrás, não conseguiríamos mudar a forma como aconteceu. É importante perdoarmo-nos para podermos seguir em frente.

      Em conclusão, O Prof é uma história bonita, com algum erotismo, muitos momentos engraçados e ótima para intercalar com leituras mais morosas. Para os leitores mais românticos e a precisar de ler qualquer coisa diferente, este livro será uma boa escolha para uma tarde relaxada no sofá!

      Classificação: 4/5 estrelas

      quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

      Palavras Sentidas


      "Nunca sabemos quando é o nosso último dia com alguém. O último momento. A última palavra. [...] Nunca sabemos. Por um lado, isso priva-nos de um sofrimento por antecipação. Todavia, o que se segue não é melhor. Tantas vezes pensei que deveríamos, na vida, ser forçados a dizer aos nossos, todos os dias e sem excepção, que os amamos."

      O Bairro das Cruzes
      Susana Amaro Velho

      terça-feira, 15 de dezembro de 2020

      Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Desafio]


      Hoje venho responder, com algum atraso, ao desafio que a Silvana me propôs para o livro Anna e o Beijo Francês. Confesso que demorei um pouquinho mais porque o cansaço e a falta de inspiração não têm dado tréguas, levando-me a realizar as tarefas com mais lentidão.
       
      Contudo, acabei por gostar bastante de escrever este desafio. Vamos ver?
       
      DESAFIO:
       
      Paris e Anne pelos meus olhos
       
      És uma turista em Paris. Um turista que decidiu ir sozinha à cidade do amor. Está um lindo dia de Primavera e tu, depois de muito caminhar, decides sentar-te num banco de jardim para descansar. Enquanto descansas vês Anne e o seu grupo de amigos. Pegas no caderno e começas a registar aquilo que vês.
       
      Mostra-nos a página do teu diário de viagens.
       
      A MINHA RESPOSTA:
       
      Estou sentada num banco de jardim, a comer um gelado e a descansar as pernas dos vários quilómetros que percorri hoje pelo centro de Paris, de máquina fotográfica na mão e mochila às costas.
       
      Esteve um sol radiante o dia todo e agora, por volta das 18h, consigo sentir uma leve brisa percorrer-me a pele. Hoje estará uma noite mais fresca.
       
      Aqui sentada, divirto-me a observar tudo ao meu redor. Uma senhora idosa passeia o seu pequeno caniche, um casal caminha de mãos dadas e sorriso nos lábios, crianças brincam junto ao lago sob a supervisão dos adultos, e vários grupos de jovens conversam e soltam gargalhadas.
       
      Não sei exatamente porque reparei naquele grupo em especial. Talvez o riso fosse mais espontâneo, ou simplesmente o sotaque me tenha parecido diferente. Estão a fazer um piquenique. Oiço alguém chamar Étienne, um nome que me é familiar. Foco a minha atenção. Ao lado dele encontra-se uma bela jovem, que lhe sorri com muita ternura. Só pode ser Anna. Partilham a toalha com a Meredith, a Rashmi e o Joshua. Oiço algumas das suas frases. Terminou mais um ano letivo e fazem planos para o futuro. Conversam acerca da universidade e dos projetos para o verão. Prometem que, aconteça o que acontecer, se vão encontrar uma vez por ano e celebrar a sua amizade.
       
      Sorrio.
       
      Terminei o meu gelado. Sinto-me mais relaxada e um maior alívio nos pés. Estou pronta para continuar a explorar a cidade.

      quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

      Palavras Sentidas


      "Por vezes, era muito mais fácil lidar com a emoção do ódio. Ardia com intensidade e acabava por desaparecer. O amor perdurava."


      Uma Mulher em Fuga
      Lesley Pearse 

      terça-feira, 8 de dezembro de 2020

      Top Ten Tuesday | Novos autores lidos em 2020


      Há dois anos que não respondo a nenhuma temática do Top Ten Tuesday e decidi regressar com um top de novos autores. Este tópico só está previsto para janeiro, mas prefiro fazer esta lista no último mês do ano.

      Vou eleger o Top Ten de novos autores que li pela primeira vez em 2020.
      Até ao momento, li 16 novos autores (número inferior em relação aos anos anteriores) e apresento-vos de seguida os 10 de que mais gostei, sem uma ordem em particular.

      1. Svetlana Alexievich                            2. Chloé Esposito

      3. Alex Michaelides                            4. John Marrs


      5. Susana Amaro Velho                           6. Manuel Monteiro


      7. Stephanie Perkins                         8. Louise O'Neill


      9. Adrian McKinty                          10. Hjorth & Rosenfeldt


      sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

      "Seita Maldita" de Tess Gerritsen [Opinião]


      A série Rizzoli & Isles, de Tess Gerritsen, é uma das poucas séries literárias que faço questão de ler por ordem. Todos os livros escritos até ao momento (12 no total) estão traduzidos e publicados em Portugal e, embora alguns sejam mais difíceis de encontrar por já estarem esgotados, tem sido entusiasmante pesquisar e adquirir um de cada vez.

      Os dois livros anteriores - O Clube Mefisto e Lembranças Macabras - centraram-se principalmente na investigação de um caso, havendo pouca evolução das histórias pessoais das protagonistas.

      Seita Maldita é um livro que nos dá frio, uma vez que praticamente toda a narrativa se passa no meio da neve.
      Desta vez acompanhamos Maura Isles, que vai assistir a uma conferência médica no Wyoming, onde encontra um antigo colega da faculdade. Num impulso, aceita o convite que ele lhe faz e decide passar o dia seguinte numa estância de esqui, com ele, a filha e um casal amigo.

      Maura é uma mulher organizada e ponderada, com todos os pormenores da sua vida totalmente controlados. No entanto, está a passar por uma fase difícil na sua vida amorosa e, naquele momento, decide fazer algo impulsivo, sem planeamento.
      Contudo, as coisas começam a correr mal quando o carro onde eles viajam fica preso na neve. Sem possibilidades de pedirem ajuda, encontram abrigo numa aldeia chamada Kingdom Come, estranhamente desabitada. Mas os seus problemas estão apenas a começar...
       
      [Fotografia da minha autoria]
       
      Eu diria que este livro está dividido em duas partes: a primeira centra-se em Maura e no grupo com quem ela viaja; a segunda altera um pouco o rumo, concentrando-se sobretudo na investigação de um crime.

      Fiquei completamente agarrada ao livro na primeira metade, tendo lido quase duzentas páginas numa tarde de domingo. Sentia-me assoberbada pela história e incapaz de parar. Sofri imenso com os infortúnios do grupo de Maura e houve uma situação em particular que me deixou agoniada.
       
      Mas o livro acabou por seguir um rumo diferente do que eu esperava e, embora isso me tivesse provocado alguma frustração, não fez diminuir o meu interesse pela história.

      Posso referir que este é um livro empolgante acerca de sobrevivência. É também abordada a temática das seitas religiosas, do fanatismo e de como as pessoas obedecem cegamente ao seu líder, anulando todos os seus pensamentos e opiniões.

      Estava com dúvidas sobre se deveria atribuir 4 ou 5 estrelas, tendo em conta que a segunda parte não correspondeu exatamente às minhas expectativas (por minha culpa, pois imaginei algo diferente) mas decidi-me pelas 5 pois o livro é muito bom e encontrei reviravoltas interessantes no final.

      Pretendo, em breve, dar continuidade a esta incrível série. Tess Gerritsen é realmente uma autora a não perder!

      Classificação: 5/5 estrelas

      quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

      Palavras Sentidas


      "É possível que o lar seja uma pessoa e não um lugar?"


      Anna e o Beijo Francês
      Stephanie Perkins 

      terça-feira, 1 de dezembro de 2020

      "As Intermitências da Morte" de José Saramago [Opinião]


      As Intermitências da Morte foi o segundo livro de Saramago que li este ano e estou muito satisfeita com a minha decisão de começar a conhecer a vasta obra deste autor.

      Eu diria que este livro é uma espécie de distopia, passado num determinado país onde, de repente, as pessoas deixam de morrer. Achei a premissa extremamente interessante e, logo no primeiro capítulo, somos atirados para o meio deste estranho acontecimento. Bastaram alguns parágrafos para o autor me deixar a refletir.
      A morte é um acontecimento natural; embora isto seja um gigante cliché, a morte é a única certeza que temos na vida. Por muito que doa e nos custe perder um ente querido, a verdade é que a morte é natural e importante. Estamos acostumados a ela, por isso não deixa de ser estranho imaginar o que aconteceria se de repente ninguém morresse.

      O autor retrata esta situação de forma excelente: os hospitais ficariam completamente cheios de idosos e pessoas doentes que, por um lado, não recuperariam das suas doenças mas, por outro, também não morreriam, ficando eternamente a ocupar camas. Os lares de idosos passariam a ser poucos para a procura existente. As agências funerárias ficariam mergulhadas numa terrível crise. E nem a Igreja Católica escaparia, uma vez que sem morte não há ressurreição.
       
      [Fotografia da minha autoria]
       
      A primeira metade do livro centra-se nestes aspectos, envolvendo também os políticos e a forma como eles têm de lidar imediatamente com esta situação de calamidade.
       
      Sensivelmente a meio do livro há uma parte um pouco monótona e que me custou a ler. Pensei que o problema fosse meu (uma vez que tenho por hábito ler à noite e senti dificuldades em concentrar-me na escrita de Saramago) porém, após ler algumas opiniões, descobri que outros leitores relataram a mesma dificuldade. Há, de facto, uns capítulos mais chatos, mas vale totalmente a pena fazer um esforço e prosseguir até à segunda metade do livro.

      Aqui surge uma personagem nova: a morte (que insiste em que o seu nome seja escrito com letra minúscula). Foi delicioso de se ler! Há muito humor, muita ironia, a forma magnífica como o autor fala da morte, nos mostra como ela é e como se comporta, até que, pouco a pouco, a vai tornando mais humana. O final é incrível e eu fiquei completamente embasbacada a olhar para o livro, sem saber como o interpretar. Comecei a formular teorias na minha cabeça mas ainda sinto necessidade de discutir aquele final com outros leitores.

      Se leste este livro, partilha comigo os teus pensamentos em relação ao final!

      Sem dúvida que tenciono continuar a explorar o mundo que Saramago nos deixou e só me arrependo de não ter começado mais cedo.

      Classificação: 4/5 estrelas

      segunda-feira, 30 de novembro de 2020

      Aquisições: Novembro

      Chegamos ao fim de novembro e, por isso, é altura de fazer o balanço das aquisições literárias. Não foi um dos meses mais ativos do ano a nível de aquisições, porém foi o mês em que mais li.
       
      - Comprei em segunda mão (mas como novo) um livro da Tess Gerritsen e assim vejo a minha coleção mais perto de estar completa. Adoro os livros desta autora!
      Aproveitei ainda os Momentos WOOK para adquirir uma novidade do autor português Pedro Cipriano e que tanto me tinha deixado curiosa devido à capa lindíssima!

      COMPRA
       
       
      - No último fim de semana do mês, tive uma visita da prima, que costuma vir cá buscar livros emprestados, e desta vez trouxe-me um dos dela para ler. Vamos lá ver se este livro da Patricia Morais será uma boa leitura!

      EMPRÉSTIMO


      E como correu o vosso mês? Chegaram bons livros à vossa estante?

      quarta-feira, 25 de novembro de 2020

      Palavras Sentidas


      "«Escolher uma namorada é como escolher um terapeuta. Temos de nos perguntar se essa pessoa irá ser sincera connosco, se será capaz de ouvir críticas construtivas, de admitir erros e de não prometer o impossível.»"

      A Paciente Silenciosa
      Alex Michaelides

      quarta-feira, 18 de novembro de 2020

      Palavras Sentidas


      "A vida não se destina a ser vivida longe dos outros. Todos precisamos de uma ajuda de vez em quando. Por muito fortes ou duros que achemos que somos. É impossível enfrentarmos determinadas situações da vida sozinhos."


      O Predador da Noite
      Chris Carter

      terça-feira, 17 de novembro de 2020

      "Os Passageiros" de John Marrs [Opinião]


      «Todo o enredo é plausível e iminente... John Marrs tece o seu conto vertiginoso com uma sátira deliciosa e mordaz.»
      The Washington Post
       
      A premissa deste livro é soberba! Num futuro próximo, os carros com condutor são substituídos por carros autónomos considerados muito seguros. Os veículos de nível superior fazem tudo, não necessitam de qualquer atenção humana e não têm travões manuais nem volante.

      Parece incrível, não é?
      Este livro vai então retratar a parte negativa do avanço da tecnologia. Se o nosso carro é totalmente autónomo, o que aconteceria se um pirata informático se apoderasse do seu sistema operativo?
      Em Os Passageiros, um Hacker assume o controlo de oito carros, altera o destino no GPS e avisa os seus ocupantes que irão morrer dentro de poucas horas.
       
      A Comissão que avalia acidentes com este tipo de veículos desta vez vai ter um desafio bem diferente: terá de entrevistar cada um dos passageiros e decidir qual deles salvar. Tudo isto enquanto o acontecimento é transmitido mundialmente através das redes sociais.

      Este livro aborda a temática das primeiras impressões, que muitas vezes determinam aquilo que pensamos acerca de alguém. Será justo avaliar uma pessoa através da primeira impressão que ela nos causa?
      O que achei interessante neste livro é que nos dá uma primeira má impressão de cada um dos passageiros, o que nos leva de imediato a detestá-los. A certa altura, os seus segredos eram tão graves que senti que não seria capaz de escolher nenhum deles e não me importaria se morressem todos. Posteriormente, é-nos dada a conhecer a outra face de cada história, as circunstâncias de vida que explicam os segredos de cada um deles. Passei de querer vê-los mortos a querer salvá-los, uma vez que já compreendia, já conseguia sentir empatia por eles.

      [Fotografia da minha autoria]

      O livro é muito dinâmico, será uma leitura imparável para uma tarde. Os capítulos curtos e a tensão quase constante levam a leitor a querer ler sempre mais. O autor construiu uma narrativa repleta de adrenalina que conquistará os fãs de leituras mais enérgicas. O final, por sua vez, é calmo, embora me tenha deixado um sorriso maquiavélico nos lábios.

      Posso ainda referir que o livro tem uma escrita muito cinematográfica, acredito que daria um ótimo filme. À medida que ia lendo, conseguia facilmente imaginar todas as cenas, momentos de ação e pontos altos da história. Não ficarei espantada se no futuro ouvir falar de uma adaptação deste livro para o cinema, uma vez que tem todos os ingredientes para resultar.

      O autor fez ainda referência ao seu outro livro - Almas Gémeas - que ainda não li, mas que já entrou na minha lista de livros desejados.
      Foi uma estreia surpreendente com John Marrs e vou certamente ficar atenta a novos trabalhos seus que sejam publicados em Portugal.

      Classificação: 4/5 estrelas