sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

«A Seleção» de Kiera Cass [Opinião]


«Personagens de temperamento forte, a recordação de um amor proibido deixado para trás e um triângulo amoroso que nos toca o coração.»
Publishers Weekly
 
Gosto bastante de distopias. Não hesitei perante a oportunidade de ler A Seleção.
 
Em Illéa, existe uma espécie de concurso, em que 35 raparigas do povo são selecionadas para ir viver para o palácio real, para que o príncipe possa escolher uma noiva.
Enquanto para muitas raparigas isto é a oportunidade de uma vida, para America Singer é um pesadelo, uma vez que significa que terá de virar costas ao rapaz por quem nutre uma paixão secreta.
 
Neste primeiro volume da série, conhecemos alguns aspetos deste mundo, ao qual posso chamar futurístico dado que existiu uma Terceira Guerra Mundial que deu origem a novos países.
O mundo não está ainda muito bem explicado. Apenas o sistema de castas está bem desenvolvido, na minha opinião, porque logo desde o início conseguimos perceber que a monarquia é a casta Um, e que as castas Seis, Sete e Oito são as mais pobres da população.
Espero que nos próximos volumes nos sejam dadas mais informações acerca do modo de funcionamento deste mundo.
 
Depois de alguns capítulos introdutórios, a narrativa ganha mais dinamismo quando America é selecionada e vai viver para o palácio. Aí, acompanhamos o seu dia a dia, a sua convivência com as outras raparigas (e todo os conflitos que naturalmente surgem) e a sua aproximação do príncipe.
 
Achei o conceito bastante interessante e esse aspeto fez-me quase devorar o livro. A escrita é acessível e por isso lê-se muito bem. Posso ter-me irritado algumas vezes com as atitudes das jovens, mas não o suficiente para perder o interesse.
Há ainda um triângulo amoroso, que estou desejosa por ver como se vai resolver, uma vez que a protagonista ainda se mostrou demasiado indecisa neste primeiro volume.
 
No geral, é uma história cativante para quem desejar uma leitura mais relaxante, que não exija muito esforço. Será boa para intercalar com leituras mais densas ou difíceis.
Da minha parte, vou sem dúvida continuar a acompanhar a série.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Palavras Sentidas


«As desculpas são boas para admitir o arrependimento, mas não têm a capacidade de apagar a verdade das ações que provocaram a mágoa.»


Se Fosse Perfeito
Colleen Hoover 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

«Uma Mente Perversa» de Chris Carter [Opinião]


Uma Mente Perversa é o sexto livro da série Robert Hunter e o último do autor publicado em Portugal até ao momento.
 
Este livro é um pouco diferente dos anteriores a que o autor já nos tinha habituado. Tudo começa quando um acidente leva, por acaso, à captura de um homem suspeito de duplo homicídio. Inicialmente, ele alega ser vítima de um grande mal-entendido e só aceita falar com Robert Hunter.
Durante os interrogatórios, descobre-se que este homem é um assassino em série que tem estado a sequestrar, mutilar e matar pessoas durante os últimos 25 anos.
 
Desta forma, conhecemos o assassino desde o início, e por isso a narrativa não se vai centrar em descobrir quem ele é. Antes pelo contrário, vamos ouvir a história dele e esperar que ele revele os locais onde escondeu os corpos das vítimas.
 
Contudo, este é um assassino muito engenhoso. Vai tentar divertir-se com os investigadores, vai exigir conhecer o passado de Robert, e é assim que nós, leitores, conheceremos também um pouco mais do passado deste inspetor que sempre nos pareceu misterioso nos livros anteriores.
 
Apesar de diferente, este livro é completamente viciante, é muito cruel também, mas impossível parar de ler. A parte final desenvolve-se como um thriller, quando o assassino revela que nem todas as vítimas morreram, e aí inicia-se uma corrida contra o tempo.
 
Uma Mente Perversa é uma narrativa empolgante, que nos dá uma visão mais profunda da vida do inspetor Robert e que acaba por ter um final satisfatório.
Este assassino é terrivelmente engenhoso, é inteligente, é perverso, é arrepiante.
 
Adorei o livro, tal como tenho gostado de todos os livros do autor, e tenho muita pena que a Topseller tenha parado de o publicar. Espero sinceramente que, se não for a Topseller, outra editora possa pegar nos livros deste autor. Chris Carter é um dos melhores autores de policiais que já li e ele merece estar no mercado literário português.

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Palavras Sentidas


«Visitar outros lugares altera a nossa perspetiva. Ajuda-nos a compreender que onde quer que estejamos, seja o país que for, as pessoas são basicamente iguais em toda a parte.»


O Sonho
Nicholas Sparks

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

«Corações Feridos» de Colleen Hoover [Opinião]


Corações Feridos traz-nos a história de dois jovens, Beyah e Samson, que se vão conhecer quando Beyah perde a mãe e é obrigada a ir viver com o pai, no Texas, uma vez que é muito pobre e não tem onde ficar. Esta jovem teve uma vida cheia de obstáculos e está habituada a contar só consigo e a desenrascar-se sozinha.
 
Nesse verão, conhece Samson, o vizinho da casa ao lado, que a fascina, mas que ao mesmo tempo não tem nada em comum com ela, uma vez que vem de uma família rica e privilegiada.
Durante a sua convivência, percebem que há uma certa tristeza que os une, uma ligação intensa entre ambos.
 
Achei esta história muito bonita e pensei que fosse mais uma história de amor, mas acabou por ter uma reviravolta bastante interessante, que acabou por ser o que mais me cativou na história.
 
Ultimamente, não me tenho identificado tanto com estas histórias YA, tenho sentido necessidade de outro tipo de livros.
 
Corações Feridos é uma narrativa bonita, que entretém e que acredito que possa cativar jovens leitores, jovens pouco habituados a ler.
A mim não me tocou assim tanto como outros livros que já li da autora.
 
Deixo apenas uma palavra de elogio à capa (lindíssima, com a junção do fundo branco e dos elementos laranja e arroxeados) e ao miolo (com um design muito bonito).
 
Em suma, recomendo o livro a todos os fãs da Colleen e principalmente aos jovens, quer gostem quer não de ler. É um bom livro para se iniciarem na leitura.

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Palavras Sentidas


«A nossa casa nem sempre é o local onde vivemos, são também as pessoas pelas quais escolhemos rodear-nos.»


A Casa no Mar Cerúleo
T.J. Klune

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Mealheiro Literário 2022 [Balanço Final]


Há vários anos que tenho por hábito fazer a análise do meu mealheiro literário do ano anterior.
Pelo nono ano consecutivo, em 2022 aderi à iniciativa de contabilizar os meus gastos e poupanças com os livros.

Registei todos os livros adquiridos em 2022 e agrupei os resultados na seguinte tabela:


Comparando 2022 com o ano anterior, gastei menos dinheiro em livros. Também vendi alguns livros, o que me permitiu recuperar algum dinheiro. Foi um ano de mais gastos pessoais e menos disponibilidade para ler, por isso consegui ser mais controlada nas compras.

Assim, em 2022 adquiri 19 livros, menos 4 do que no ano anterior e menos 9 do que em 2020.
O mês em que gastei mais foi setembro (devido à ida à Feira do Livro) e aquele em que gastei menos foi julho (gastei apenas gastei nos CTT).

Conforme se pode ver no seguinte gráfico, fiz as minhas compras maioritariamente na Feira do Livro (de Lisboa), na WOOK e na Bertrand. Comprei 18 livros novos e 1 em segunda mão.


O livro mais barato que comprei custou 0,00 € (usei dinheiro em cartão), sendo que o segundo mais barato custou 5,00 €, e o mais caro ficou por 18,23 €.
O preço médio dos livros comprados foi de 10,75 €, valor praticamente igual ao do ano passado. Isto significa que, embora tenha comprado menos livros, gastei mais dinheiro em cada um, uma vez que comprei muitos livros novos (sobretudo novidades). Mesmo assim, num ano em que tudo tem estado mais caro, os livros também não escaparam aos aumentos. Vale a pena esperar por promoções, para adquirirmos sobretudo novidades a preços mais convidativos.

Desta forma, o valor total que gastei em 2022 em livros foi de 226,10 €. Como recuperei 67,00 € em vendas, o valor baixa para 159,10 €. Dentro deste valor, 21,76 € corresponde ao que gastei nos CTT, a enviar livros ou a pagar portes de envio.
Em média, gastei cerca de 13,25 € por mês, um valor baixíssimo que permite ir alimentando o vício pelos livros sem entrar em grandes despesas.

Recebi ainda alguns livros emprestados (tanto de amigos como da biblioteca) e alguns como prenda. Foram 2 livros recebidos e 22 emprestados, valores bem diferentes dos do ano anterior. A grande diferença este ano foram as idas à biblioteca.

Assim, o valor que poupei com os livros recebidos e emprestados foi de 432,22 €, valor superior ao de 2021.

Para concluir, posso afirmar que estou contente por ser ponderada com as compras. Este ano consegui dar mais valor à biblioteca e, graças às novidades literárias (que confesso que não me têm cativado muito), acabei por nem ter muita vontade de comprar livros.
 
Para 2023 o desafio é gastar ainda menos dinheiro em livros (ou vender mais dos meus para equilibrar os valores), continuar a apostar na estante e na biblioteca!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Palavras Sentidas


«Há certas decisões que alteram o rumo do nosso futuro; momentos centrais na vida em que damos connosco perante uma encruzilhada. Viramos à esquerda e estamos presos a esse caminho sem que possamos voltar atrás. O mesmo acontece se virarmos à direita.»


Desaparecido: No Rasto de Billy
C. L. Taylor