terça-feira, 28 de agosto de 2012

"A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo" de Stieg Larsson [Opinião]

O segundo livro da Trilogia Millennium acompanhou-me e apaixonou-me durante vários dias. Mesmo já o tendo terminado, continuo a pensar nele e nestas personagens que já me são tão queridas.

No fim do 1º livro, Lisbeth Salander roubou uma enorme quantia de dinheiro ao Wennerström, graças às suas brilhantes capacidades informáticas. Neste 2º volume, ela utiliza algum desse dinheiro para viajar durante um ano e comprar um luxuoso apartamento, assim que regressa à Suécia.
Ao mesmo tempo, Mikael Blomkvist, que tentou contactar Lisbeth durante meses, sem obter qualquer resposta, desiste e começa a trabalhar com Dag Svensson e Mia Johansson, um jornalista e uma investigadora que estão prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres para exploração sexual.
Quando Dag e Mig são brutalmente assassinados, todas as provas apontam um suspeito: Lisbeth Salander. Enquanto a polícia se concentra em persegui-la, Lisbeth terá de provar a sua inocência. E Mikael é o único disposto a ajudá-la, pois recusa-se a acreditar na sua culpabilidade.

Este livro foi o que mais me agradou até agora. Enquanto o anterior tinha um início mais lento e maçador, neste isso não aconteceu. Senti-me empolgada desde as primeiras páginas, provavelmente por já conhecer e gostar imenso das personagens, principalmente a Lisbeth.

E é sobre a Lisbeth e o seu passado que este volume se debruça, começando a desvendar alguns pormenores acerca desta personagem tão enigmática.

Quando acontecem os assassinatos de Dag e Mig, o autor revela, não só para os investigadores, como também para os leitores, as provas inequívocas de que Lisbeth esteve no local do crime, semeando a dúvida também em nós. Passei todo o tempo a torcer pela inocência de Lisbeth, o que me fez querer devorar o livro de uma só vez para perceber como tudo aconteceu.

De facto, a escrita de Stieg Larsson é tão fluida, cuidada e habilidosa, com tudo muito bem explicado, que se torna viciante. O suspense encontra-se ao virar de cada página e, de vez em quando, surge uma ou outra revelação bombástica, deixando o leitor boquiaberto.

Uma das partes do livro é dedicada à investigação policial e, nessas mais de 100 páginas, a Lisbeth não aparece em cena, embora se esteja sempre a falar dela. Este pormenor espicaçou-me imenso, pois queria a todo o custo descobrir o que é que ela andava a fazer. A Lisbeth é realmente uma personagem fantástica.

Podia ainda escrever muita coisa acerca deste livro, mas sei que não estaria a fazer justiça à sua grandeza e perfeição. Estou curiosa por iniciar a leitura do 3º volume e, ao mesmo tempo, com muita pena de saber que em breve chegarei ao fim da trilogia.

Se ainda não leram, não percam mais tempo e entrem no mundo da Millennium; são muitas horas de leitura que valem mesmo a pena!

Classificação: 5/5 estrelas


Volume anterior:
Os Homens que Odeiam as Mulheres

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"O Fim Chega Numa Manhã de Nevoeiro" de Renato Carreira [Opinião]

Tive oportunidade de conhecer mais um autor português graças a este livro que me foi emprestado. Nunca tinha ouvido falar do Renato Carreira, pelo que não tinha qualquer expectativa em relação a esta leitura.

O livro trata-se de uma aventura sobrenatural passada em Lisboa, com feiticeiros, vampiros e outras criaturas.
Baltazar Mendes é um investigador policial que anda a realizar avaliação psiquiátrica (pois foi acusado de loucura) e, repentinamente, vê-se envolvido num conflito mortal. Um grupo de feiticeiros pretende despertar uma personagem maldita da história portuguesa para cumprir uma antiga profecia, e Baltazar é uma peça importante para que se consiga vencer este inimigo.

No início do livro estava a achar a história muito estranha e, à medida que ia lendo, não sabia se aquilo me estava a agradar ou não. Mas confesso que me senti curiosa desde o início, porque o livro começa com ação e mantém-se até ao fim com um ritmo veloz.

O autor escreve com muito humor e ironia, o que me fez rir por várias vezes. A leitura não se torna maçuda, apesar das descrições que surgem, e lê-se rapidamente.

Não sei se irei voltar a ler este autor, mas fiquei satisfeita com esta história que achei original e diferente do que tenho lido.

Classificação: 3/5 estrelas

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Próximas leituras #5

Estas vão ser as minhas próximas leituras: os dois primeiros foram-me gentilmente emprestados por uma amiga e os outros dois vieram hoje mesmo da biblioteca!

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"O Enigma das Cartas Anónimas" de Agatha Christie [Opinião]

O primeiro livro que li da Agatha Christie foi "O Assassinato de Roger Ackroyd" e já foi há vários anos. Entretanto, como vi que a biblioteca da minha cidade tem uma prateleira de uma estante dedicada aos livros desta autora, decidi retomar estas leituras.

Neste policial conhecemos Jerry Burton, um homem que, após um acidente grave, escolhe a aldeia de Lymstock para descansar e recuperar, na companhia da irmã. Mas esta aldeia não é tão tranquila como parece pois os habitantes começam a receber cartas anónimas.
Inicialmente, as cartas são pouco perturbadoras mas o caso vai tornar-se mais sério quando uma das destinatárias aparentemente se suicida.
Haverá um psicopata à solta nesta aldeia? Ou estarão as pessoas a ser vítimas dos seus próprios segredos guardados ao longo dos anos?
A ajuda chegará de onde menos se espera: Miss Jane Marple, que está de visita à aldeia.

Este livro é pequeno e lê-se muito rapidamente. A história é-nos contada pelo Jerry Burton, que nos mostra a sua perspectiva acerca dos acontecimentos. Também ele recebeu cartas anónimas e, portanto, vai querer desvendar este mistério, ora ajudando a polícia, ora conversando com os habitantes.

No fim, é Jane Marple que desvenda toda a situação, surpreendendo tanto as outras personagens como o próprio leitor.

Eu fui tendo alguns palpites e a meio do livro virei-me para uma das personagens em quem ninguém estava a pensar. No fim, tive um momento glorioso quando pensei que descobrira o autor das cartas mas rapidamente toda a minha teoria foi por água abaixo. O culpado estava mesmo ali à vista e ninguém pensava nele.

Gosto muito da escrita da Agatha, simples e com muitos diálogos que fazem a história avançar rapidamente. E a surpresa sempre no final, quando nos é explicado todo o mistério e todas as pistas fazem sentido.

Continuarei a ler os livros desta autora!

Classificação: 3/5 estrelas

domingo, 19 de agosto de 2012

"O Verão das Nossas Vidas" de Luanne Rice [Opinião]

Antes de mais, este livro chamou-me a atenção pela capa, que é linda, está cheia de azul e promete uma boa leitura para um dia de verão. A autora também foi uma nova descoberta.

Neste romance, conhecemos Lyra Davis, uma mulher que abandonou as filhas, há dez anos atrás, e foi viver na ilha de Capri, numa comunidade de expatriados.
As suas filhas, Pell e Lucy, ficaram a viver com o pai. Mas quando este morre, Pell decide atravessar o oceano, na esperança de trazer de volta a mãe para as suas vidas.

Esta é uma história leve e refrescante, que nos proporciona descrições maravilhosas da ilha de Capri (segundo uma rápida pesquisa que fiz no google, a ilha tem realmente locais paradisíacos de sonho). A escrita é muito agradável e lê-se bastante bem.

Este livro fala de amor e de amizade, de reencontros familiares e da importância do perdão. O leitor não fica indiferente a estas personagens, nem aos seus momentos de tristeza, alegria e esperança. É uma história comovente sobre erros do passado que, embora não possam ser apagados, podem ser transformados num presente e futuro melhores.

Fiquei contente com o meu primeiro contacto com esta autora e ficarei a aguardar a oportunidade de ler mais livros dela.

Classificação: 3/5 estrelas

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

"Os Homens que Odeiam as Mulheres" de Stieg Larsson [Opinião]

Comecei esta leitura com expectativas muito elevadas. Depois de ler e ouvir opiniões muito boas, e ver toda a gente com a febre da Trilogia Millennium, decidi pegar no primeiro livro e perceber, por mim mesma, porque é que é tão falado.

Mikael Blomkvist é um jornalista de economia que acaba de ser julgado por difamação e condenado a três meses de prisão. Assim, decide afastar-se por uns tempos das suas funções na revista Millennium.
Ao mesmo tempo, é contratado para escrever a história da família Vanger, mas esta tarefa é apenas a cobertura para a sua verdadeira missão: descobrir o que aconteceu à sobrinha-neta de Henrik Vanger, que desapareceu há quase quarente anos, sem deixar rasto.
Para o ajudar na investigação, Mikael recorre a Lisbeth Salander, uma estranha rapariga cheia de tatuagens e piercings, mas também uma excelente hacker.
Ambos mergulham no passado da família Vanger e acabam por descobrir uma história mais tenebrosa do que poderiam imaginar.

De início, custa um pouco a entrar nesta história. O primeiro capítulo é um dos mais maçadores, o segundo já é mais interessante porque somos apresentados à enigmática personagem feminina; depois voltam alguns capítulos com partes que voltam a aborrecer e sem nenhuma ação.
Mas vale a pena fazer um esforço nas primeiras 180 páginas; é importante conhecermos a missão do Mikael e as personagens, bem como a constituição da numerosa família Vanger.

Quando Mikael começa a investigação, a história decorre com mais fluidez e, quando surgem as primeiras pistas, já estamos completamente embrenhados na leitura e muito curiosos acerca do que irá acontecer.
Um dos pontos altos, para mim, foi quando Mikael e Lisbeth começaram a trabalhar juntos. A personalidade de Lisbeth fascina-me e o facto de ser uma personagem tão estranha e enigmática deixa-me desejosa de conhecer toda a sua história.

Estes dois fazem um par excelente a investigar e a leitura torna-se alucinante, as páginas voam, não conseguimos parar de ler e, mesmo quando paramos, o nosso cérebro continua a remoer a história.

Adorei os crimes com referências à Bíblia (não sei porquê mas gosto imenso de crimes baseados em passagens ou histórias da Bíblia) e o autor não deixa pontas soltas; fica tudo explicado até ao mínimo pormenor.

O final do livro já foi mais calmo, o que não me agradou tanto, mas deu para ter mais provas da inteligência da Lisbeth. Estou mesmo muito curiosa com esta personagem.

Fiquei muito contente por ter conhecido este novo autor e só acho que devia ter pegado nesta trilogia há mais tempo. Em breve, irei dedicar-me aos livros que se seguem na trilogia.

Classificação: 4/5 estrelas

terça-feira, 14 de agosto de 2012

"Casamento de Conveniência" de Madeline Hunter [Opinião]

Este livro é o quarto pertencente à série "Medieval", da qual fazem parte também "O Protector" e "Mil Noites de Paixão", já publicados em Portugal. É pena que a série não tenha sida publicada por ordem, desde o início, mas espero que outros livros sejam traduzidos em breve.

Neste romance, conhecemos Lady Christiana Fitzwaryn, que está apaixonada, mas acabou de ser prometida a um estranho, pelo próprio rei Eduardo.
David de Abyndon é um mercador abastado, com um forte carisma e que revela indiferença em relação ao estatuto social de Christiana.
Quando se encontram pela primeira vez, Christiana tenta convencê-lo a retirar o pedido de casamento, mas acaba por se sentir perturbada na presença deste enigmático homem de olhos azuis.
O que ninguém sabe é que este casamento não é o que parece e David guarda um segredo.

Este livro foi o que menos me agradou, dos quatro que já li. Não desgostei totalmente, apenas achei a história menos interessante, em comparação com a série dos Irmãos Rothwell.
Gostei muito de ambas as personagens, especialmente de David, e das suas personalidades fortes que os faziam entrar em conflito. Gostei também de ver nascer o amor entre eles e de todos os momentos sensuais.

Tal como os outros livros da autora, este também apresenta a mesma escrita fluida e cativante, com muitas intrigas e mistério. O desenrolar da história acabou por ser muito melhor do que o final, que desta vez não me deixou de lágrima no canto do olho. Mesmo assim, é mais um bom romance que os fãs de Madeline Hunter não devem deixar fugir.

Classificação: 4/5 estrelas

domingo, 12 de agosto de 2012

"Fortaleza Digital" de Dan Brown [Opinião]

Dan Brown é um autor que dispensa apresentações. Já tinha lido anteriormente "O Símbolo Perdido", o qual adorei, e decidi retomar as leituras deste autor.

Neste thriller, a ação passa-se na agência NSA e no seu Departamento de Criptografia, onde aparece um código que o ultra-secreto e invencível descriptador da NSA não consegue decifrar.
Assim, o diretor de operações recorre a Susan Fletcher, uma brilhante criptógrafa, e ao seu noivo, David Becker, professor de Literatura, para o ajudarem a desvendar este mistério.

Enquanto Susan tenta descobrir qual a natureza deste terrível código, David parte para Espanha em busca de um misterioso anel que poderá ser a chave para a segurança universal.

Por muitos motivos, este foi mais um livro que adorei e que li num ápice. Dan Brown tem um estilo único, conseguindo prender o leitor desde as primeiras páginas. Redige capítulos muito pequenos e todos terminam com uma simples frase que nos deixa loucos por continuar a ler.

Os ingredientes de que este livro é feito são vários: um difícil mistério, especialistas brilhantes, segredos, mentiras, perseguições... e tudo isto num ritmo alucinante, em que é impossível parar de ler. Estas centenas de páginas oferecem-nos uma viagem numa montanha russa repleta de altos e baixos.

Vou, sem dúvida, continuar a acompanhar as obras de Dan Brown; é imperdoável que ainda não tenha devorado todos os seus livros.

Classificação: 5/5 estrelas

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Próximas leituras #4

Aqui estão mais alguns livros para ler em breve; os dois primeiros são emprestados e os outros dois vieram da biblioteca!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"A Paixão" de Nicole Jordan [Opinião]

Estreei-me nos romances sensuais de Nicole Jordan com "A Paixão". Não conhecia a autora nem tinha lido ainda muitas críticas literárias dos seus livros; desejava apenas ter contacto com mais um nome do romance sensual, dado que ultimamente tenho lido vários livros deste género.

Neste romance, passado em 1813, temos como protagonistas Lady Aurora Demming e Nicholas Sabine. Ela pretende escapar a um casamento com um homem que despreza; ele é um atraente americano, prestes a ser condenado à morte, devido a acusações de pirataria e assassínio.
Assim, ambos fazem um acordo: ela será sua esposa por um dia... e uma gloriosa noite de paixão.
Semanas mais tarde, Aurora regressa à sociedade londrina como viúva de Nicholas, fazendo-se acompanhar pela irmã dele, uma jovem órfã.
Mas Nicholas afinal não morreu e, meses depois, regressa a Inglaterra, insistindo que Aurora honre os votos de matrimónio. Irá ela ceder aos seus desejos?

Este romance não me agradou tanto como outros que já tive oportunidade de ler. A história é interessante mas creio que lhe falta alguma acção. Só no último terço do livro é que me senti agarrada e envolvida com a história, mas não cheguei a sentir verdadeira empatia pelas personagens.

A escrita não é tão fluida como eu desejava; há momentos em que a autora está sempre a usar os mesmos adjetivos nas descrições, dando a sensação de que estamos a ler a mesma parte várias vezes.

O livro peca também por ser bastante repetitivo, principalmente na segunda parte, quando Nicholas tenta convencer Aurora a honrar os votos do matrimónio. Confesso que foi chato ler esta parte; não havia forma de a história andar para a frente.

Um aspeto positivo que quero realçar são as cenas sensuais longas e de deliciosa leitura.

Apesar desta leitura não me ter conquistado totalmente, tenciono continuar a ler outros romances da autora; acho que ela merece uma nova oportunidade!

Classificação: 3/5 estrelas

terça-feira, 7 de agosto de 2012

"Uma Questão de Confiança" de Tiago Rebelo [Opinião]

Antes de iniciar esta leitura, já tinha lido opiniões que referiam que este era um bom livro para descontrair de outras leituras mais extensas e pesadas. Como estava mesmo a precisar de descansar a mente, pareceu-me o livro perfeito.

Entrei muito facilmente na história, que está escrita numa linguagem muito simples e fluida, proporcionando realmente uma leitura leve e descontraída. Os capítulos são curtos, o que nos leva a querer ler sempre mais um e rapidamente damos com o livro terminado.

Esta história passa-se em Portugal, em locais como Lisboa e Cascais, e é protagonizada por personagens portuguesas. Teresa e Guilherme são um casal divorciado e, ao longo do livro, vamos acompanhando o seu passado (como se conheceram, o porquê de se terem separado) e o presente, em que Teresa encontra um novo amor. Ela viverá um dilema: quem deverá escolher? Poderá dar uma nova oportunidade ao amor passado que tanto sofrimento lhe trouxe ou deverá optar pelo novo amor, com todas as suas incertezas?

É uma história leve, simples e que se lê num ápice. Foi ótima para descontrair durante algumas horas e conhecer mais um nome da literatura portuguesa. Vou certamente ler mais livros deste autor.

Classificação: 3/5 estrelas

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

"Cadáveres Inocentes" de Kathy Reichs [Opinião]

Cadáveres Inocentes é o segundo livro de uma série cuja protagonista é Temperance Brennan. No entanto, foi o primeiro livro que li da autora. O facto de não ter lido o anterior não me fez confusão e consegui acompanhar perfeitamente esta história.

Temperance Brennan é uma antropóloga legista que se encontra no Quebeque a exumar os restos mortais, já centenários, de Élizabeth Nicolet, uma freira que o Vaticano pretende vir a canonizar. Pouco depois, é chamada para investigar um incêndio criminoso que deixou aos investigadores um cenário de horror e morte. Quem eram as sete pessoas que morreram de forma tão violenta e o que as terá conduzido a este trágico destino? Ela e Andrew Ryan, detetive de homicídios, na tentativa de responder a estas e outras questões, vão descobrir um mundo obscuro regido por um culto sinistro, com delírios esotéricos, que ceifa a vida a inocentes.

O que mais me atraiu neste policial de Kathy Reichs foi a antropologia forense: as descrições das análises dos ossos e sua interpretação, de forma a descobrir a identidade da vítima.

Os casos que vão surgindo para investigar, parecem inicialmente não ter nada a ver uns com os outros. As descobertas e pistas vão aparecendo devagar e só nas últimas 100 páginas é que o livro ganha um ritmo viciante, onde as pistas surgem umas atrás das outras e os casos se começam a entrelaçar. Estas casos acabam também por construir uma história extensa, por vezes um pouco confusa e onde o assassino é difícil de descobrir.

A escrita apresenta imensas descrições, sendo que muitas delas eram, na minha opinião, desnecessárias. Estas descrições dão pausas grandes à história e tornam a leitura bastante cansativa.

No geral, gostei, mas esperava algo diferente deste livro. Tenciono, futuramente, procurar outros policiais da autora, mas não vão ser uma prioridade.

Classificação: 3/5 estrelas

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

"Crónica de Paixões e Caprichos" de Julia Quinn [Opinião]

Terminei há pouco este livro e ainda estou nas nuvens, de tão fascinada que me sinto com a leitura.

Não conhecia a autora mas já tinha lido opiniões muito boas acerca deste romance. Foi então com grande expectativa que me embrenhei nele.

Logo desde o início, o prólogo conquistou-me, descrevendo o nascimento e a infância difícil de Simon Bassett, o duque de Hastings. Foi difícil não ficar imediatamente comovida com esta personagem.

Depois disto, a história avança para alguns anos mais tarde, quando Simon regressa a Inglaterra, onde as mães casamenteiras da alta sociedade estão doidas por encontrar maridos para as suas filhas. E prometem não largar o atraente Simon.

Daphne Bridgerton é a quarta irmã de uma destas famílias londrinas. A jovem vê-se pressionada pela sociedade em encontrar um pretendente para casar, no entanto, ela sonha com um casamento por amor.

Assim, Simon e Daphne decidem fingir um noivado, o que vai trazer paz e sossego a Simon e transformar Daphne na solteira mais cobiçada da temporada. No entanto, à medida que vão passando tempo juntos, a paixão crescente entre ambos será inevitável.
Mas Simon carrega consiga um segredo que poderá destruir tudo...

Isto é só o início de uma história maravihosa, que nos impede de largar o livro até à sua última página. A escrita de Julia Quinn é comovedora e viciante. As personagens estão tão bem caracterizadas que sentimos imediatamente empatia por elas.
Os medos de Simon, a ternura e determinação de Daphne, o sentido protetor dos seus irmãos mais velhos e toda a energia da sua mãe, deixam-nos a desejar que esta família fosse real.

Esta é uma história que irá conquistar os corações mais românticos. Desde sorrisos à lágrima no canto do olho, este livro proporciona mais do que simples horas de prazer. Este livro envolve o leitor e liberta o seu lado mais sonhador. Oferece uma história que dificilmente será esquecida.

Estou conquistada e mal posso esperar pelo próximo volume. Parabéns à editora por esta aposta!

Classificação: 5/5 estrelas