domingo, 31 de dezembro de 2017

Balanço de leituras e Top 10 - 2017

Estamos a despedir-nos de mais um ano e chegou o momento de fazer o balanço das minhas leituras e de vos dar a conhecer o meu Top 10, como tem sido habitual.

Este ano fui mais ambiciosa e desafiei-me a ler 52 livros, um por cada semana do ano. Sabia que não seria fácil, por vezes demoro mais de uma semana a ler um livro e há sempre aqueles momentos em que a vontade de ler é menor. Conforme se pode ver na imagem do meu desafio de leitura do Goodreads, fiquei a 3 livros de concluir a minha meta. Contudo, não estou triste. Alguns foram livros bastante bons e é isso que importa.


Assim, em 2017, consegui ler 49 livros, valor superior ao do ano passado.
Li ligeiramente mais no 2º semestre do ano, mas a diferença entre os semestres é apenas de três livros.

O livro mais longo que li tinha 568 páginas (Só Nós Dois - Nicholas Sparks) e o mais curto tinha 49 páginas (Um Toque de..., uma antologia de contos de Ana C. Nunes).

Li 1 livro em inglês e 7 e-books.

No total, contei 15 939 páginas lidas, valor também superior ao do ano passado.
Só li 2 livros que considerei calhamaços - com mais de 500 páginas.

A média de pontuação (1 a 5) atribuída aos livros no Goodreads foi de 3.7, valor ligeiramente mais baixo em comparação com o ano passado. Curiosamente, este ano atribuí mais 5 estrelas aos livros, o que significa que encontrei mais leituras gratificantes.

No que diz respeito a géneros literários, o que mais se destacou este ano foi o thriller/policial, seguindo-se o romance contemporâneo, tal como aconteceu no ano passado. No geral, as leituras foram bastante diversificadas.

Conheci 32 novos autores e, mais uma vez, grande parte das minhas leituras pertencem a autores do sexo feminino.

Li apenas 7 autores portugueses, valor superior ao do ano passado, mas que continua a desiludir. No próximo ano vou tentar dedicar-me mais à literatura nacional.
Os autores portugueses que li este ano pela primeira vez foram: Maria João Fialho Gouveia, Andreia Ferreira e Nuno Nepomuceno.

Relativamente à proveniência dos livros, li 14 livros comprados, 13 vieram de parcerias com editoras; e li ainda 13 que me foram emprestados. Os restantes foram oferecidos ou e-books.

2017 foi também o ano em que participei pela primeira vez no NaNoWriMo e uma das minhas metas para o próximo ano será, sem dúvida, continuar a escrever.

Por fim, deixo-vos o meu habitual Top 10 de melhores leituras, sem ordem de preferência.


TOP 10 - 2017


Resta-me ainda desejar-vos um excelente ano de 2018, onde impere a realização pessoal e profissional. Espero que não vos falte amor, saúde, trabalho e, claro, bons livros para lerem no novo ano a que damos as boas-vindas!

sábado, 30 de dezembro de 2017

Aquisições: Dezembro

A pouco mais de um dia de dizer adeus a mais um ano, venho mostrar-vos os livros que chegaram cá a casa este mês.

- Chegou cá a casa o livro do Harlan Coben que comprei no mês passado nos Momentos Wook.
- O livro da Carla M. Soares foi comprado mesmo no final do mês, aproveitando também os descontos da WOOK.
- Por fim, o livro da Tess Gerritsen comprei-o a um ótimo preço em segunda mão.

COMPRA


- Recebi da Penguin Random House esta simpática oferta. Muito obrigada! Tentarei ler e escrever a minha opinião em breve.

OFERTA EDITORA


- A melhor amiga surpreendeu-me com o empréstimo de um livro da Lesley Pearse que ainda não li.

EMPRÉSTIMO


- Por fim, aqui estão os dois livros que recebi no sapatinho. O de Ernest Hemingway será a minha primeira leitura do próximo ano.

PRENDA DE NATAL


E o vosso mês como correu? Receberam livros no Natal?

Desafio Abaixo a Pilha 2017 [Balanço Final]


Este desafio foi proposto pela Tita e estava incluído no Grupo Maratonas, Desafios e Leituras Conjuntas do Goodreads. 

O objetivo consistia em ler livros adquiridos (compras, ofertas e empréstimos) até 31 de Dezembro de 2016, de forma a reduzir a pilha de livros físicos.
Propus-me e ler entre 1 a 20 livros da minha estante e aqui está o meu resultado:

1. Na Pista de um Rapto [Harlan Coben]
2. Scarlet [Marissa Meyer]
3. Sedução Intensa [Lisa Kleypas]
4. Inês [Maria João Fialho Gouveia]
5. Os Aromas do Amor [Dorothy Koomson]
6. O Crente [Joakim Zander]
7. Amor Cruel [Colleen Hoover]
8. Não Contes a Ninguém [Harlan Coben]
9. O Espião Português [Nuno Nepomuceno]
10. A Escada de Corda [Nigel Richardson]

Foi uma vergonha completa, tenho de admitir. Consegui ler apenas 10 livros da minha estante, o que também foi uma pequena melhoria em relação ao ano passado, em que li apenas 7.
Em contrapartida, passei o ano a comprar livros para adicionar a essa mesma estante que já grita por socorro. Resultado: os livros acumulam-se, eternamente à espera de serem lidos, e as prateleiras da estante rangem com o peso.
Portei-me muito mal e espero conseguir um desempenho melhor no próximo ano.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

"A Escada de Corda" de Nigel Richardson [Opinião]


Comprei este livro numa promoção principalmente porque a sinopse me pareceu interessante. O livro prometia um "romance surpreendente que mistura na perfeição fantástico, ficção-científica, thriller psicológico e universos paralelos". Fiquei curiosa por o livro conter a temática dos universos paralelos.

A história centra-se em Mungo, um adolescente de quinze anos que vive em Londres com os pai. Um dia, quando o pai morre, Mungo e a mãe ficam numa situação financeira difícil e têm de se mudar para o campo. Mas Mungo detesta o campo. E sozinho, sem o pai, sem os amigos, sente-se miserável.
Tudo muda no dia em que conhece outro rapaz chamado Mungo e que é semelhante a si em tudo. Quem será ele? E o que quer: ajudá-lo ou aumentar o caos em que a sua vida de tornou?

Este é um livro de leitura leve e bastante apropriado para o público juvenil. Tem bastante humor, ajudou-me a descontrair, embora não me tenha cativado completamente.

Achei as atitudes de Mungo um bocadinho infantis para a idade, mesmo tendo em conta que era um jovem que estava com dificuldades em aceitar a morte do pai e que detestava viver no campo.

A chegada do outro Mungo trouxe mais surpresas, acontecimentos estranhos e que foram despertando a minha curiosidade. A temática dos universos paralelos está, de facto, presente, e deixou-me com vontade de mais. Apesar de tudo, é uma história que nos faz pensar nos "ses", nas escolhas que fazemos para a nossa vida e como ela poderia ser diferente se tivéssemos escolhido outro caminho.

Gostei, foi uma leitura que deu para entreter e que recomendo ao público mais jovem.

Classificação: 3/5 estrelas

Desafio de Leitura Cloak & Dagger 2017 [Balanço Final]


Este desafio foi proposto pelo blog Books, Movies, Reviews! Oh My! e consistia em ler qualquer livro cujo género literário fosse mistério/suspense/thriller/crime.

Desafiei-me a ler entre 16 a 25 livros e aqui está o meu resultado:

1. Na Pista de um Rapto [Harlan Coben]
2. Morte em Palco [Caroline Graham]
3. Caçadores de Cabeças [Jo Nesbø]
4. Desaparecidos [Caroline Eriksson]
5. A Rapariga de Antes [JP Delaney]
6. Raptada na Noite [Patricia MacDonald]
7. O Crente [Joakim Zander]
8. Regresso de Sherlock Holmes III [Sir Arthur Conan Doyle]
9. Não Contes a Ninguém [Harlan Coben]
10. O Escultor [Carina Rosa]
11. Memórias de Sherlock Holmes I [Sir Arthur Conan Doyle]
12. A Mulher do Camarote 10 [Ruth Ware]
13. O Jardim das Borboletas [Dot Hutchison]
14. Os Falsários [Bradford Morrow]
15. Confissões [Kanae Minato]
16. Mortes Naturais [Michael Palmer]
17. Menina Boa, Menina Má [Ali Land]
18. O Espião Português [Nuno Nepomuceno]
19. Ao Fechar a Porta [B. A. Paris]

Não foi um desafio perfeito mas considero que foi muito bom, pois cheguei quase aos 20 livros. No ano passado, li 15 livros, portanto consegui progredir. Este género de leituras continua a entusiasmar-me, sendo o thriller o meu género atual de eleição.
No próximo ano é para continuar a apostar neste género!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

"Ao Fechar a Porta" de B. A. Paris [Opinião]


Ouvi tantas coisas boas acerca deste livro que a minha curiosidade ficou espicaçada e tentei adquiri-lo assim que me foi possível.

Este é um daqueles livros que se lê de uma assentada. Eu não o fiz, mas vontade não me faltou. Ainda assim, despachei-o em três ou quatro noites.

A história inicia-se com um jantar de convívio entre amigos, onde ficamos a conhecer Jack e Grace, um casal aparentemente perfeito. Mas neste livro nada é o que parece. Ao fim de poucas páginas, o leitor começa a aperceber-se de que algo não está bem e rapidamente entra no horror que é a vida de Grace.

A história alterna entre presente e passado, sempre contada na voz de Grace. Vamos conhecendo como Jack e Grace se conheceram, como foi o início do casamento de ambos e como pretendiam tomar conta de Millie, irmã de Grace e portadora de Síndrome de Down.
Milli teve um papel muito importante nesta história e sempre foi quem deu força e esperança a Grace. Gostei imenso de ver como elas se davam tão bem e como Grace era maternal para com a irmã.

Este livro não é gráfico, não há cenas violentas de sangue nem mutilação de cadáveres. O terror é todo psicológico, e consegue ser tão ou mais perturbador quanto a violência física.

É um livro que não dá descanso ao leitor. Não há momentos parados, não há tempo para pausas. Assim que começa a ganhar intensidade, mantém-se intenso até à última página, impossível de largar.

Durante a leitura, senti-me entusiasmada, surpreendida, repugnada e até aterrorizada com a violência que Grace estava a sofrer. Torci durante todo o tempo para que ela se conseguisse soltar, embora fosse difícil imaginar como.

O final está muito bom e deixou-me com um sorriso um nadinha perverso. Aliás, tudo neste livro está perfeito, adorei mesmo e recomendo absolutamente a sua leitura. Foi, sem dúvida, uma das minhas melhores leituras de 2017.

Classificação: 5/5 estrelas

Desafio Leituras Lusitanas 2017 [Balanço Final]


Este desafio foi proposto pela Tita e estava incluído no Grupo Maratonas, Desafios e Leituras Conjuntas do Goodreads.

O objetivo do desafio consistia em ler autores portugueses.

Eu propus-me a ler entre 1 a 12 livros de autores portugueses e aqui está o meu resultado:

1. Inês [Maria João Fialho Gouveia]
2. A Sombra de um Passado [Carina Rosa]
3. O Escultor [Carina Rosa]
4. A Chama ao Vento [Carla M. Soares]
5. Maresia e Fortuna [Andreia Ferreira]
6. O Espião Português [Nuno Nepomuceno]

Contos:
1. Um Toque de... (antologia) [Ana C. Nunes]

Infelizmente não atingi o objetivo proposto. Consegui ler apenas 6 livros de autores portugueses, o que não considero nada bom resultado.
No próximo ano, vou esforçar-me por dar mais atenção à literatura nacional. Eu bem sei que digo isto todos os anos e depois acabo por me portar mal, mas vamos ver se no próximo ano este número aumenta.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Palavras Sentidas


"É espantoso como o cérebro humano consegue lembrar o muito a que nos agarramos na vida, mas quando escrevemos, podemos esquecer as coisas... já não temos de as manter dentro de nós. Lembra-te das coisas boas, escreve as más e esquece-te delas."

Confissões
Kanae Minato

sábado, 23 de dezembro de 2017

Mensagem de Natal


Desejo um Feliz Natal a todos os leitores que me acompanham diariamente, aos seguidores, amigos e editoras parceiras. Que possam ter uma doce quadra natalícia na companhia da família e de todos aqueles que mais amam e que a magia do Natal se espalhe pelos vossos corações.

Desejo-vos igualmente um excelente ano de 2018, com saúde, amor, sucesso e realização pessoal e profissional. Sejam felizes!

"Reino de Feras" de Gin Phillips [Divulgação]

Título Original: Fierce Kingdom
Autora: Gin Phillips
Edição: 2018
Editora: Suma de Letras
Páginas: 270
PVP: 17,45€

«Um thriller brilhante, inteligente e irresistível.»
The New York Times

«Uma exploração controversa da maternidade, no que ela tem de mais básico.»
Publishers Weekly

«Gin Philips capta habilmente o terror da situação mas também a beleza das minúcias da nossa vida quotidiana.»
Library Journal

«Uma potente leitura que equilibra empatia e medo, pois levanta questões complexas sobre a natureza humana.»
Washington Independent Review of Books
   
Sinopse:

Lincoln é um bom menino. Aos quatro anos, é curioso, inteligente e bem-comportado. Lincoln faz o que a mãe diz e sabe quais são as regras.

«As regras hoje são diferentes. As regras são que temos de nos esconder e não deixar que o homem da pistola nos encontre.»

Quando um dia comum no Jardim Zoológico se transfoma num pesadelo, Joan fica presa com o seu querido filho. Tem de reunir todas as suas forças, encontrar a coragem oculta e proteger Lincoln a todo o custo - mesmo que isso signifique cruzar a linha entre o certo e o errado, entre a humanidade e o instinto animal.

É uma linha que nenhum de nós jamais sonharia cruzar.

Mas, por vezes, as regras são diferentes.

Um passeio de emoção magistral e uma exploração da maternidade em si - desde os ternos momentos de graça até ao poder selvagem. Reino de Feras questiona onde se encontra o limite entre o instinto animal para sobreviver e o dever humano de proteger os outros. Por quem deve uma mãe arriscar a sua vida?

Sobre a autora:

GIN PHILLIPS, autora premiada com o Barnes and Noble Discovery pelo seu primeiro romance, tem a obra publicada em mais de 29 países. Reino de Feras, a sua primeira incursão no mundo do thriller, está a ser aclamado pelo público e pela crítica.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

"O Espião Português" de Nuno Nepomuceno [Opinião]


(Atenção, esta opinião pode conter spoilers para quem ainda não leu o livro!)

O Espião Português foi o romance vencedor do Prémio Literário Book.it, em 2012, e que nos deu a conhecer o autor Nuno Nepomuceno.
Foi também a primeira obra do autor que tive oportunidade de ler.

Para começar, creio que nunca tinha lido nada sobre espionagem, não por não gostar da temática mas simplesmente porque, até hoje, nunca nenhum livro sobre o assunto me tinha vindo parar às mãos. E é ainda mais interessante ter sido escrito por um português.

Neste romance, conhecemos André Marques-Smith, um jovem de 27 anos, bom rapaz, dedicado à família e aos amigos. Tornou-se o mais jovem funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros, sendo um profissional muito dedicado.
Contudo, André tem uma vida dupla. Ele é Freelancer, um espião que trabalha para a Cadmo, uma organização semigovernamental internacional.

O livro mostra-nos um André um várias facetas da sua vida: como funcionário do Ministério, como espião e como uma pessoa normal com a sua vida privada, com mais ou menos problemas.

Aquilo que mais gostei, sem dúvida, foi a sua atividade enquanto espião. Adorei as missões e achei-as muito bem estruturadas e desenvolvidas. Havia suspense e ação e fiquei com a sensação de que estava a ver um filme do 007.
Depois também apreciei a forma como ele cumpria, ao mesmo tempo, as suas funções como acompanhante do Ministro, e como se esquivava nos momentos necessários.

Porém, André é um jovem que esconde um coração destroçado pelo rompimento do namoro com a Mariana. A relação de ambos foi-nos contada por breves momentos, para que pudéssemos compreender de onde vem a sua dor. Confesso que não me senti muito empática com o seu sofrimento, pelo simples facto de que o autor nos contou pouco acerca do namoro e senti falta de mais. Pareceu-me uma relação superficial e repentina e que o abalou demasiado. Se calhar até compreendo mais o lado da Mariana, dado que o André queria apressar muito as coisas e ela sentiu que ele não respeitava o que ela desejava para a sua vida.
Por momentos, irritei-me um bocadinho com a choraminguice do André, sempre a lamuriar-se por ter 27 anos e continuar solteiro. Fez-me alguma confusão. É verdade que há muitos homens que querem constituir família, mas também há muitos que apreciam a sua independência. Achei que este aspeto não fazia muito sentido na personalidade do André, pelo menos foi o que fiquei a sentir à medida que progredia na leitura.

No geral, foi uma leitura bastante agradável, repleta de ação, reviravoltas, enigmas e traições. O ritmo rápido permite uma leitura viciante e difícil de pousar. Sem dúvida que fiquei com vontade de ler a continuação desta série, bem como o mais recente trabalho do autor: A Célula Adormecida.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Palavras Sentidas


"- Porque serão as pessoas tão perversas que só gostam de lembrar os maus tempos?
- São os maus tempos que recordamos, ou os bons momentos que nos ajudaram a aguentar os maus tempos?"

A Promessa
Lesley Pearse

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Desafio]


Já estou a dever este desafio há algum tempo. É do livro A Promessa e achei-o bastante interessante. Aqui vai:

DESAFIO:

Perspectivas

És uma enfermeira que trabalha para a Cruz Vermelha. A Primeira Guerra Mundial está a fazer muitos mortos e a deixar muita gente doente e com graves ferimentos.
Acabas de ser colocada na mesma unidade onde Belle trabalha. Observas atentamente o trabalho dela e a relação que ela estabelece com as enfermeiras com quem partilha quarto.

O que achas da Belle? Tens vontade de a conhecer? Como seria um dos teus primeiros contactos com ela?

A MINHA RESPOSTA:

Cheguei à unidade da Cruz Vermelha num dia frio, cansada e ansiosa. Apesar de me ter voluntariado a ajudar no esforço de guerra, agora que estava mesmo ali, sentia o nervoso miudinho começar a invadir-me. Mas tive tempo de descansar. Deram-me uma refeição rápida, mostraram-me o meu quarto e logo de seguida levaram-me, juntamente com outras voluntárias, para conhecer o hospital, as outras enfermeiras e a unidade onde eu iria ajudar.
Os primeiros dois dias foram extremamente cansativos, desafiantes e onde vi ferimentos terríveis. Custava imenso ver o sofrimento daqueles corajosos soldados.
Foi no terceiro dia que conheci a Belle. Fui chamada para substituir uma enfermeira que tinha pedido uma folga repentina e fiquei a auxiliar a Belle, que já tinha bastante mais experiência do que eu. Gostei imediatamente dela. Foi muito simpática comigo e ensinou-me sem a arrogância que por vezes encontrava nas enfermeiras mais velhas. Elogiou-me por várias vezes e disse-me que estava a fazer corretamente as tarefas que ela me pedia, ajudando-me a sentir mais confiante.
Depois deste primeiro contacto, fiquei com vontade de a conhecer melhor. Quem sabe se não conseguirei voltar a trabalhar com ela durante as próximas semanas?

Silvana, gostei bastante de responder a este desafio. Agora é a minha vez de enviar o próximo livro!

Top Ten Tuesday | Novos autores lidos em 2017


Decidi adiantar-me nas temáticas do Top Ten Tuesday e responder a esta que está prevista para daqui a duas semanas. Pareceu-me que fazia mais sentido responder durante o último mês do ano.

Assim, vou eleger um Top Ten de novos autores favoritos que li pela primeira vez em 2017.
Até ao momento, li 30 novos autores (número superior ao do ano passado) e apresento-vos de seguida os 10 de que mais gostei, sem uma ordem em particular.

1. Kanae Minato                             2. Moira Young


3. Andreia Ferreira                             4. Nuno Nepomuceno


5. Juliet Marillier                             6. Allison Pataki


7. Jo Nesbø                          8. Ruth Ware


9. Tracey Garvis Graves                            10. Maria João Fialho Gouveia



segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

"O Último dos Nossos" de Adélaïde de Clermont-Tonnerre [Opinião]


O romance O Último dos Nossos marcou a minha estreia com a autora francesa Adélaïde de Clermont-Tonnerre, e quero desde já agradecer à editora Clube do Autor por tão gentilmente me ter cedido este exemplar para leitura.

O Último dos Nossos passa-se em dois cenários distintos: em Dresden, Alemanha, em 1945, final da Segunda Guerra Mundial; e em Nova Iorque, nos anos 60/70.

Tudo começa quando Werner, um jovem empreendedor, conhece a mulher da sua vida, Rebecca, herdeira de um homem de negócios.
Enquanto acompanhamos a vida de Werner, na atualidade, vamos também conhecendo o seu passado, desde o seu nascimento, na agonia da 2ª Guerra Mundial, até à sua chegada aos Estados Unidos, onde foi adotado por um casal americano.

Um aspeto que achei interessante neste livro é o facto do presente (1969) ser narrado na primeira pessoa, na perspetiva de Werner, enquanto o passado (1945) apresenta uma narrativa na terceira pessoa. Inicialmente pensei que poderia ser confuso encontrar duas narrativas diferentes no mesmo livros, mas posteriormente pude constatar que isso não prejudicou em nada a minha leitura. A primeira pessoa ajudou-me a conhecer melhor o protagonista, as suas vivências, pensamentos e receios, enquanto a terceira pessoa proporcionou uma abordagem mais geral aos acontecimentos que se seguiram às 2ª Guerra Mundial.

Werner e Rebecca vivem uma paixão repentina e avassaladora, embora tão depressa estão abraçados, como rapidamente se separam. Isto acaba por irritar um bocadinho, porque passam imenso tempo a discutir, a fazer dramas e jogos de ciúmes. No entanto, todo este amor-ódio acaba por fazer sentido quando Rebecca aparece com importantes informações acerca do passado de Werner, que ele desconhece. É assim que partem em busca das suas origens, que poderão ser mais devastadoras do que Werner imaginava.

A escrita da autora é bastante trabalhada, roçando um pouco a poesia e, a par disso, a temática pesada da guerra faz com que este livro deva ser lido devagar. Não é fácil ler sobre as atrocidades cometidas durante o período do Holocausto, por isso este livro não é de leitura compulsiva.

No geral, é uma leitura cativante, com uma certa elegância, que aborda a relação das pessoas com o seu passado e a procura da identidade. Sem dúvida, é uma leitura recomendada para os fãs deste período tão conturbado da História Mundial.

Classificação: 4/5 estrelas

domingo, 17 de dezembro de 2017

Postais pelo Mundo | Portugal

Hoje trago-vos o último postal do ano! Foi-me enviado por um membro do fórum do Postcrossing.
Foi enviado de Portugal mas apresenta imagens de Dublin, uma cidade que me desperta curiosidade. Depois de ver estas fotografias, acho que fiquei ainda mais fascinada. O que acham?


No próximo ano continuarei a mostrar-vos novos postais nesta rubrica.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

"A Promessa" de Lesley Pearse [Opinião]


Tenho andado completamente preguiçosa no que diz respeito às opiniões dos livros, e por essa razão tenho três em atraso. Vou fazer os possíveis por publicá-las todas até ao Natal, quem sabe não serão boas sugestões para prendas.

A Promessa chegou cá a casa no âmbito do Empréstimo Surpresa. Este livro é a continuação da história de Belle, que se iniciou em Sonhos Proibidos. Caso ainda não tenham lido o primeiro volume, não partam já para esta leitura.

Na sua já habitual escrita fluida, Lesley Pearse transporta-nos novamente para o mundo de Belle, Jimmy, Mog, Garth e Étienne. É muito bom reencontrarmos estas personagens e viver com elas novas experiências.
A minha maior curiosidade prendia-se por conhecer melhor Étienne, queria saber mais dele, talvez ter uma visão diferente. Talvez ele não tenha aparecido tantas vezes como eu desejava, mas surgiu com um papel muito importante. Não quero dizer nada que vos estrague o prazer da leitura, mas posso prometer que o Étienne vos vai apaixonar!

Uma personagem nova que surgiu neste livro foi a Miranda, que se tornou uma boa amiga de Belle. Miranda tinha uma alma aventureira e tudo o que desejava era conhecer o amor e ser feliz. Foi uma personagem que me cativou muito e talvez aquela que mais me fez chorar.

Esta história passa-se durante a Primeira Guerra Mundial, uma época já de si devastadora. A autora mostrou-nos muitos desses acontecimentos, nunca de forma maçadora, e com alguma pesquisa anterior.

Confesso que este livro mexeu bastante comigo; houve acontecimentos muito maus e havia momentos em que eu não conseguia ler um único capítulo sem chorar. Contudo, houve também momentos doces e capazes de fazer palpitar os corações mais românticos.

No geral, é uma leitura que nos agarra e vicia e que seria, sem dúvida, uma ótima prenda para oferecerem a alguém neste Natal.
A história de Belle continua no livro És o Meu Destino, que espero poder ler num futuro próximo.

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Palavras Sentidas


"Todos os seres humanos cometem erros. O que determina o caráter de uma pessoa não são os erros que comete. É o modo como essa pessoa reage face a esses erros e os transforma em lições e não em desculpas."

Isto Acaba Aqui
Colleen Hoover

domingo, 10 de dezembro de 2017

Postais pelo Mundo | Rússia (20)

Não tenho enviado postais ultimamente, mas recebi este há alguns dias. Os postais da Rússia costumam demorar bastante tempo a chegar, tal como os enviados para lá.
 
A ilustração deste postal representa a Catedral Spaso-Preobrazhensky (Catedral da Transfiguração).
Segundo a autora do postal, este importante edifício é atualmente uma galeria de arte.



quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Palavras Sentidas


"Ser honesto não significa dizer tudo o que queremos, sempre que queremos. Significa que aquilo que escolhemos dizer é verdade."

Convergente
Veronica Roth

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

"Antes que Seja Tarde" de Margarida Rebelo Pinto [Divulgação]

Título: Antes que Seja Tarde
Autora: Margarida Rebelo Pinto
Edição: 2017
Editora: Clube do Autor
Páginas: 272
PVP: 15,50€

Um romance provocador sobre o adultério, o descompasso do amor, a tentação do fruto proibido.

Sinopse:

Tendo como pano de fundo a segunda metade do século passado e os primeiros anos deste novo milénio, Antes que Seja Tarde traz o adultério à ribalta, retratando a vida como ela é, quase sempre pouco linear, tantas vezes repleta de segredos.

Nesta narrativa protagonizada por três mulheres de gerações diferentes, todas tocadas pela vertigem de um amor proibido, encontramos também uma Lisboa do Estado Novo, uma sociedade guardiã da moral e dos bons costumes.

O romance surpreende pelas vozes que fazem a história avançar e pelas descrições cuidadosas de outras épocas e espaços, num retrato fiel e acutilante das relações proibidas até ao dia de hoje. Além de guiar o leitor pelas ruas de uma cidade que quase já não existe, Margarida Rebelo Pinto percorre o mapa do coração destas três mulheres, perde-se com elas e com elas chega ao destino traçado.

Maria de Lurdes estava apaixonada por Alfredo quando conheceu Luís, que se encantou por ela. Luís era casado com Amelinha e pai de Maria do Amparo, que vive uma paixão proibida. Luisinha, a sua filha mais velha, irá viver uma história de amor arriscada e impossível, tal como a mãe.

Este é um romance sobre o lado mais selvagem do amor, quando a paixão manda mais do que a razão e os sentidos falam mais alto. Os amores proibidos nunca caem na rotina, mas serão o caminho certo para o verdadeiro amor? O que fazer quando não se pode construir uma vida com quem se ama?

O destino cruzado destas 3 mulheres leva-nos a uma viagem alucinante sobre o lado obscuro das relações, onde a mentira, a traição e o adultério andam a par com a dignidade de uma grande história de amor.

Quando vivemos num mundo em que as relações estáveis e seguras são cada vez mais raras, viver uma grande paixão pode ser o único caminho.

Sobre a autora:

MARGARIDA REBELO PINTO sempre quis ser escritora. Quando era criança recuperava livros antigos e desde muito cedo começou a escrever cartas e contos. Aos oito anos, a febre reumática obrigou-a a pouca mobilidade e a algum isolamento, o que acentuou o seu lado sonhador e romântico.

Iniciou-se na imprensa escrita com 22 anos no lendário Independente como cronista, um dos seus géneros de eleição. Ao longo das últimas três décadas tem tido uma presença regular na imprensa e na televisão enquanto cronista, ficcionista e comentadora. Nunca se cansa de escrever e de falar sobre relações, amor e sexo. Tinha 34 anos quando lançou o seu primeiro romance, Sei Lá, que foi um enorme sucesso e deu origem a um filme com o mesmo nome. A sua obra literária conta com mais de 20 obras publicadas, nas quais aborda o género epistolar, a literatura infantil, o romance histórico e o romance urbano contemporâneo. Os seus romances conquistaram leitores em vários países da Europa, no Brasil e na América Latina.

Escreve todos os dias de manhã, menos ao fim-de-semana. Gosta de ler, de fazer caminhadas, de ouvir jazz, de leite de aveia e de comida japonesa. É mãe de um rapaz e tia orgulhosa de cinco sobrinhas e um sobrinho. O seu grande amor é a sua família.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Postais pelo Mundo | China (3)

Aqui está mais um postal que recebi recentemente através do Postcrossing.

Veio da China, sendo o terceiro postal que recebo deste país. Mostra-nos uma paisagem, mas infelizmente não consigo perceber de que local se trata.


sábado, 2 de dezembro de 2017

Aquisições: Novembro

O mês de novembro foi bastante calmo no que diz respeito a aquisições literárias.
Foi um mês diferente, dado que dediquei todos os meus tempos livre à escrita para o NaNoWriMo. Li muito pouco e até o carteiro me deu descanso e não me encheu de envelopes.

- Recebi duas simpáticas ofertas das editoras Suma de Letras e Clube do Autor.
Farei os possíveis para não demorar muito a lê-los e a escrever as respetivas opiniões.

OFERTA EDITORA


E como foi o vosso mês a nível de aquisições?

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

NaNoWriMo 2017 - Balanço Final

O NaNoWriMo terminou e aqui estou eu para fazer o balanço final.
Foi uma experiência totalmente positiva, incrível, algo que quase ronda a loucura. Durante este mês, escrevi todos os dias e esforcei-me por conseguir alcançar a minha meta diária, o que algumas vezes não aconteceu.

No dia 20 de outubro, escrevi aqui no blogue:
"Tenho perfeita consciência que 50 000 palavras é um objetivo demasiado ambicioso para mim, mas vou fazer os possíveis para chegar o mais perto que conseguir deste número."

E não é que consegui mesmo atingir as 50.000 palavras?

Aqui está o gráfico que mostra a evolução da minha escrita:


Consegui as 50 mil palavras no último dia, um pouco à rasquinha. No fim de semana passado, estive com gripe e isso atrapalhou os meus planos para escrever, mas acabei por conseguir recuperar.

O meu conto inicial tinha 37 páginas e, neste momento, tenho um documento word com 193 páginas. A história ainda não está terminada, faltam os últimos capítulos, e espero trabalhar neles durante os próximos dias. Sinceramente, parece que tenho um bichinho dentro de mim a incitar-me a escrever. Hoje o dia já não me pareceu a mesma coisa, parece que me senti à deriva, e acabei por ter de ir escrever um bocadinho.

Fiquei muito contente com o meu desempenho e com o hábito que adquiri de escrever todos os dias. Espero não perder o hábito e tentar continuar a escrever diariamente, agora com menos pressão.

Foi uma experiência a repetir!

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Palavras Sentidas


"Somos capazes de perdoar muita coisa quando precisamos de companhia."

Menina Boa, Menina Má
Ali Land