«Como acontece com a maior parte do trabalho de King, O Intruso é uma exploração das relações que se estabelecem entre o bem e o mal; no entanto, desta vez, o ceticismo desfoca as linhas entre os dois.»
The Washington Post
Poderá uma pessoa estar em dois locais ao mesmo tempo?
É esta a premissa de O Intruso, mais um thriller do rei do terror.
Tudo começa quando um menino de onze anos é encontrado morto. O que o assassino lhe fez é horrível e indescritível. Por esta razão, o crime choca os cidadãos de Flint City. E talvez choque ainda mais quando Terry Maitland, um dos cidadãos mais queridos daquela povoação, é preso.
As provas são inegáveis, bem como os indícios de ADN. Contudo, Terry tem um álibi muito forte: estava noutra cidade quando o crime foi cometido, e há testemunhas.
Aos olhos da justiça e da opinião pública, o caso está resolvido. Porém, o detetive Anderson não está satisfeito. Poderá ter cometido um erro ao prender Terry tão de repente.
Stephen King conseguiu prender-me logo desde as primeiras páginas, com os relatos de várias testemunhas e a detenção de Terry. Há uma reviravolta muito cedo na história, com a qual eu não contava, e depois a narrativa ganha outro rumo.
Embora seja um calhamaço com mais de 500 páginas, o meu receio de que pudesse haver alguma palha não se concretizou. A história avança a bom ritmo, sempre com novas descobertas a surgir, e a parte final ganha um tom mais assustador. Afinal, como é que uma pessoa pode estar em dois locais ao mesmo tempo? Poderá a resposta estar em alguma criatura sobrenatural?
Não foi para mim dos melhores livros de Stephen King que li até à data, mas conseguiu prender-me. Apenas não gosto tanto quando a explicação está no sobrenatural.
Quanto a mim, vou continuar a ler as obras deste autor. Ainda estou à espera de encontrar um livro que ultrapasse a genialidade de Misery.
Classificação: 4/5 estrelas
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pelo teu comentário e pelo tempo que dedicaste a ler o que escrevi!