No início, confesso que estranhei o estilo da narrativa, um pouco diferente do que é habitual, mas, à medida que progredia na leitura, essa estranheza desapareceu. A história é narrada pela Morte, que nos descreve um pouco o seu cansativo trabalho de recolher as almas e, cansada dessa tarefa, começa a observar a natureza dos humanos, acabando por sentir alguma compaixão por eles.
Presente ao longo de todo o livro, a Morte conta-nos alguns anos da vida de Liesel, uma menina de 10 anos, que foi entregue a uma família adotiva. É uma criança que rapidamente desenvolve um grande afeto pelo pai, Hans, um pintor acordeonista, e é com ele que aprende a ler. Para ela, os livros e as palavras são um alimento para a sua vida, pelo que começa a roubar livros, sem considerar que seja errado fazê-lo.
O contexto em que a história nos é contada é o da Segunda Guerra Mundial, uma época de sofrimento e dor, em que as pessoas viviam constantemente com o medo dos bombardeamentos. Para além disso, a ação passa-se num pequeno subúrbio de Munique, na Alemanha, onde os habitantes sentiam a todo o momento a sombra do terrível ditador Adolf Hitler.
Além de Liesel e do seu pai, contactamos igualmente com outras personagens, como a mãe adotiva de Liesel, Rosa; o seu amigo Rudy; e Max, um pugilista judeu que passou algum tempo escondido na cave da família de Liesel. Max e Liesel tornaram-se também amigos (o que era inaceitável naquela época) e ele, conhecendo o gosto da rapariga pelos livros, chegou a ilustrar e escrever dois livros para lhe oferecer.
As personagens deste livro são extremamente cativantes, assim como toda a narrativa, que nos prende às suas páginas e nos comove com o desenrolar dos acontecimentos.
Este foi um livro que me marcou e que irei gostar de reler um dia mais tarde. Recomendo, sem qualquer hesitação, a sua leitura, pois é uma história com alma e com muito a apreciar.
Classificação: 5/5 estrelas
Também vou tentar reler um dia destes. Gostei muito!!!
ResponderEliminarEste é realmente um livro que merece ser relido :)
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