A sinopse do livro é interessante e conquistou-me a atenção. Tess, a irmã de Beatrice, desaparece; enquanto a polícia, a mãe e o noivo de Beatrice estão dispostos a aceitar a perda de Tess, Beatrice não desiste, recusa-se a acreditar no sucedido e decide ela própria ir em busca da verdade, custe o que custar.
As críticas existentes na contracapa do livro prometiam “um thriller viciante e verdadeiramente original” (Louise Candlish) e “um surto de adrenalina capaz de causar calafrios na tarde mais soalheira” (The New York Times Book Review). Eu dou sempre bastante atenção a estas críticas e, portanto, as minhas expectativas eram altas.
Gostei da escrita da autora, achei-a cativante e fluida. A história é contada na primeira pessoa, por Beatrice, e dirigida à sua irmã, como se o livro fosse uma longa carta. Este pormenor não me incomodou; o tipo de narrador raramente me faz confusão nos livros. O que achei bastante confuso foram os constantes saltos temporais entre o passado e o presente, que tornaram a leitura mais complicada no início.
A história em si é muito interessante e os temas abordados (genética e fibrose quística) agradaram-me, mas não achei que fosse um thriller viciante nem que me tenha provocado adrenalina. De facto, nas primeiras 150 páginas, o livro permaneceu bastante aborrecido, embora depois tenha melhorado e me tenha cativado muito mais. A ação não é muita pois Beatrice vai fazendo pequenas descobertas, aos poucos, ao mesmo tempo que reflete e nos dá a conhecer a sua irmã.
Perto do final, houve uma reviravolta muito interessante, que me surpreendeu imenso, mas depois o final ficou em aberto e não achei piada nenhuma. Há finais abertos que são bons e nos dão liberdade para imaginar o que terá acontecido aos protagonistas, mas este deixou-me com mais perguntas do que respostas.
Apesar do livro não ter correspondido totalmente às minhas expectativas e de me ter desagradado nos pormenores que referi, o balanço geral é positivo e vou querer ler a próxima obra da autora.
Classificação: 3/5 estrelas
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