O romance inicia-se com o assassinato de uma paleógrafa na Biblioteca Vaticana, enquanto consultava um dos mais antigos manuscritos da Bíblia, o Codex Vaticanus. Junto ao cadáver, o assassino deixa uma estranha mensagem.
A inspetora italiana encarregada do caso, Valentina Ferro, pede ajuda ao historiador português, Tomás Noronha, para solucionar este caso.
Entretanto, ocorrem homicídios semelhantes noutras partes do globo, o que leva Valentina e Tomás a empreenderem a uma viagem até à Terra Santa, onde se irão deparar com o último segredo do Novo Testamento: a verdadeira identidade de Jesus Cristo.
Antes de mais, fiquei impressionada com a pesquisa exaustiva levada a cabo pelo autor. Nota-se que consultou imensa bibliografia e se empenhou muito na escrita deste livro. Dou-lhe os meus parabéns por isso.
Estes temas controversos acerca da religião costumam agradar-me bastante e, mais ainda, quando resultam em polémica. Assim, o romance conseguiu manter-me cativada do início ao fim, principalmente a partir da sua metade, quando começou a haver mais ação.
A segunda parte do livro apresenta um ritmo mais rápido e bastante mistério, à medida que nos vamos aproximando da identidade do assassino e do seu mestre. Até lá, somos ainda presenteados com informações relacionadas com biologia, nomeadamente ADN e clonagem. Gostei imenso de ler esta parte, o autor escreve de forma muito acessível e até relembrei alguma matéria dada no 12º ano.
O final é surpreendente! Fiquei toda contente por pensar que tinha descoberto o assassino antes dele ser revelado e, de repente, eis que surge uma nova reviravolta!
Todo o romance está estruturado em capítulos pequenos que, além de permitirem parar facilmente sem deixar um capítulo a meio, terminam sempre com uma frase ou uma afirmação reveladora, o que nos deixa com vontade de continuar a ler.
No geral, achei o livro bastante viciante e mantive-me motivada e muito curiosa durante toda a leitura. Esta experiência aliciou-me a ler todos os outros títulos já publicados do José Rodrigues dos Santos, o que tentarei fazer num futuro próximo. É, portanto, uma leitura que recomendo vivamente aos fãs do género.
Classificação: 4/5 estrelas
Olá Denise,
ResponderEliminarEu sou fã do JRS! Já li 6/7 livros.
Adorei a Filha do Capitão, e a vida num sopro!
Gosto de muito de ler autores portugueses, e já tenho tido surpresas agradaveis com autores que pelo "nome" não me agradam muito. Gosto imenso de Rosa Lobato Faria, Tiago Rebelo, Jose Luis Peixoto, etc.
Bjs
Dulce Barbosa
Olá Dulce!
EliminarEu fiquei a gostar do escritor, mas ainda não surgiu oportunidade de ler mais nenhum. Também procuro ler autores portugueses e este ano vou tentar dar-lhes mais destaque :)
Beijinhos