Este livro andava perdido cá por casa, encontrei-o na estante do meu irmão. A sua edição original foi em 1951, há muito tempo! Como a sinopse me pareceu boa, resolvi aventurar-me nele.
Não é um livro muito fácil de classificar, mas resolvi dar-lhe 3.5 estrelas, embora merecesse mais.
No início, a história parece um pouco confusa e cheia de devaneios, mas rapidamente nos conseguimos adaptar à escrita do autor.
Maurice é a personagem principal e também o narrador da sua própria história. Corroído por um ciúme avassalador e uma dor obsessiva, dois anos depois de Sarah terminar a relação de ambos sem qualquer explicação, ele vai contratar um detetive para descobrir toda a verdade.
Graham Greene desenvolveu uma narrativa complexa e comovedora, repleta de pormenores que facilmente nos escapam e que, talvez só com uma releitura, poderão ser melhor assimilados. O autor mostra-nos todas as forças e fragilidades do amor, o quão profundo ele pode ser, bem como o egoísmo e o ciúme que provoca. Está muito presente ao longo da história a dicotomia amor-ódio, os extremos, a impossibilidade de amar sem também se odiar. O amor é direcionado ao próprio, ao outro e a Deus. A religião e a discussão acerca da existência de Deus têm também um papel importante no livro.
Em suma, é difícil transpor para palavras a enorme variedade de emoções que este romance despoleta em nós. Só lendo é que poderemos sentir a grandeza deste livro.
Gostei muito, sobretudo porque me fez refletir imenso.
Fiquei também curiosa por ver o filme mas, desde já, acredito que não estará tão rico como o livro.
Classificação: 3.5/5 estrelas
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