Tinha este livro em casa há imenso tempo mas só agora é que me decidi a lê-lo. Antes de o iniciar, li um pouco sobre o autor, Franz Kafka, e achei curioso que ele tenha pedido no seu testamento que a sua obra fosse destruída. Esta obra é uma entre três que ele deixou inacabadas e que posteriormente o tornaram famoso.
Creio que este livro pode ser analisado de muitas perspetivas e tem certamente inúmeras interpretações. Sinceramente, apesar de ter compreendido a essência da história, houve muitos pormenores que me passaram ao lado.
Josef K., o protagonista, é surpreendido, certo dia, com a instauração de um processo contra ele, não existindo qualquer fundamento para esta acusação. Incrédulo, no início, tenta ignorar e manter-se descansado, pois tem consciência de que está inocente. No entanto, à medida que vai conhecendo um pouco mais a justiça e as leis, começa a aperceber-se de que toda a gente com quem se encontra tem uma ligação à justiça. O tempo vai passando e K. acaba por entrar em desespero, não só por não ver o desenvolvimento do seu processo, mas também por ninguém lhe dar oportunidade de defesa.
Este livro não é fácil de se ler; apesar da linguagem ser acessível, algumas partes tornam-se demasiado maçadoras, dado que a história se dá unicamente em torno daquele processo infindável. As personagens são todas muito frias e duras, pelo que não é fácil gostar de alguma delas ou mesmo sentir empatia.
O livro aborda imenso os temas da justiça, corrupção e um pouco a religião, áreas que não me deixam à vontade para análises e interpretações mais complexas.
Em suma, não posso dizer que gostei, mas também não detestei. Recomendo a leitura a quem se interessar por justiça e leis.
Classificação: 2/5 estrelas
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