Começo por agradecer à Suma de Letras (Penguin Random House Grupo Editorial) a simpática oferta de um exemplar deste livro, dando-me a oportunidade de conhecer uma nova autora dentro da literatura nórdica.
Este livro chegou a minha casa mesmo na altura certa. Tinha terminado uma leitura densa, bastante absorvente e que me ocupou durante mais de meio mês, portanto estava a precisar de algo mais rápido, frenético e que me permitisse ler compulsivamente. Este livro conseguiu tudo isso e deixou-me positivamente surpreendida.
Desaparecidos é aquele livro que não conseguimos fechar, que queremos ler pela noite dentro de tão doidos que estamos por descobrir o desfecho. Eu devorei-o em três noites, à custa de algumas horas de sono roubadas.
A premissa promete desde logo um mistério interessante: o marido e a filha de Greta desapareceram, mas ela não é casada e nunca teve filhos.
O desaparecimento ocorre numa ilha deserta onde eles foram num passeio de barco, quando estão a passar uns dias numa localidade pacata.
Isto fez-me lembrar aqueles filmes de terror passados numa ilha em que coisas estranhas e terríveis começam a acontecer.
O desaparecimento destas duas pessoas é de facto intrigante. Estarão envolvidos em algo de sobrenatural? Afinal, o lago que circunda a ilha é chamado de «lago Maldito» pelas pessoas da terra. Ou será que o que aconteceu se deve a outros motivos completamente diferentes?
Enquanto Greta procura desenfreadamente pelo marido e pela filha, vai divagando um pouco pelo seu passado, onde começamos a conhecer o segredo que ela partilha com a mãe. A autora demonstrou uma capacidade incrível em manter-nos presos à narrativa e, ao mesmo tempo, a criar uma enorme confusão na nossa mente. O que esconderá Greta? Está a mentir ou é a única pessoa a dizer a verdade?
Sem querer desvendar muito do que encontrarão em Desaparecidos, posso dizer que esta história retrata as consequências que as relações abusivas exercem nas pessoas, nomeadamente nas mulheres que delas são vítimas, bem como no seio familiar. A autora transmite uma mensagem de força a todas as mulheres: nenhuma relação abusiva e onde predomine a humilhação e o rebaixamento vale a pena; é preciso força para encarar o futuro e acreditar que a felicidade não está numa relação que causa tanto sofrimento.
Desaparecidos é uma narrativa surpreendente e de tirar o fôlego, recheada de suspense da primeira à última página. Uma leitura que recomendo absolutamente aos fãs de thrillers psicológicos!
Classificação: 4/5 estrelas
Nota: Este livro foi-me cedido pela editora em troca de uma opinião honesta.
Acho que foi um pouco isso. A autora quis trazer-nos as relações abusivas optando por conduzir a narrativa de forma diferente, mas a forma como ela o fez não resulta na totalidade, porque há ali bastantes falhas na forma que ela escolhe para os acontecimentos.
ResponderEliminarSó agora vim ler a tua opinião, pois terminei de escrever a minha e queria sentir um bocadinho mais daquilo que te deixou presa ao livro. A minha não me roubou horas ao sono :(. Aliás até permitiu que eu pagasse algumas das minhas dívidas à almofada.
Olha, este era daqueles que se tivesse algo de mais sobrenatural poderia ser interessante.
Venha o próximo.
Beijinhos
O livro, mais na parte inicial, estava mesmo a parecer que tinha algo de sobrenatural, por causa do lago, e se calhar foi isso que me prendeu logo desde o início.
EliminarPensei realmente que irias gostar mais, mas paciência, pode ser que o próximo te cative de outra forma. :)
Beijinhos