sábado, 31 de julho de 2021

Aquisições: Julho

Agora que o mês de julho terminou, é altura do habitual balanço de aquisições. Foi um mês de bons livros.

A ressaca que comecei a sentir no mês passado intensificou-se durante alguns dias e dificultou-me as leituras. Consegui ler três livros completos: um policial, um romance paranormal e um thriller.

Vamos agora ver os livros que chegaram cá a casa ao longo deste mês.

COMPRA

- A wishlist da WOOK dá cabo de mim. No início do mês deparei-me com 50 % de desconto neste livro e não resisti a trazê-lo para casa. Quero muito ler esta autora e será em breve!


PRENDAS ANIVERSÁRIO

- No mês passado foi o meu aniversário e recebi dois livros de presente. O primeiro foi-me oferecido pela melhor amiga e fiquei extremamente surpreendida com a escolha dela. Recordo-me de me ter sentido cativada pela sinopse deste livro na altura do seu lançamento. Agora terei oportunidade de o ler!
O segundo veio da querida Silvana, que escolheu oferecer-me um livro mais leve para as tardes de verão ou para auxiliar com alguma ressaca. Gostei muito!
 
PASSATEMPO

- Este é mais um livro que eu e a Silvana ganhamos num passatempo. Ela está a lê-los e posteriormente envia-os para a minha casa.


FEIRA DO LIVRO
 
- Visitei a Feira do Livro de Viana do Castelo. Pequena, sem promoções de perder a cabeça e com pouca presença de alfarrabistas, que é onde mais gosto de procurar livros. Mesmo assim, valeu a pena a visita. Comprei apenas um livro.


E tu, tiveste um bom mês de aquisições literárias? Partilha comigo!

quarta-feira, 28 de julho de 2021

Palavras Sentidas


"O problema de sermos catapultados para uma vida totalmente nova [...] é que nos obriga a repensar quem realmente somos. Ou quem parecemos aos olhos dos outros."


Viver Depois de Ti
Jojo Moyes

sábado, 24 de julho de 2021

"A Mão que Mata" de Lourenço Seruya [Opinião]


Adoro policiais e thrillers. São os géneros literários que atualmente mais leio e que estão presentes em abundância na minha estante. Não me considero uma especialista, porém, depois de tantas experiências com diversos autores, consigo reconhecer que não é fácil trazer algo de novo e é necessário muito trabalho e criatividade para abordar de forma original algumas das temáticas mais batidas neste tipo de livros.

A Mão que Mata é o romance de estreia de Lourenço Seruya, ator e professor de teatro, e agora também escritor. Neste livro nota-se a influência da profissão do autor, que estará certamente muito habituado a ler guiões e a estudar diálogos e personagens.
 
Sentia-me curiosa quando iniciei a sua leitura. No entanto, considero que o livro daria um bom argumento para uma telenovela, mas como romance policial acabou por ficar aquém das minhas expectativas e não me cativou tanto como eu esperava.
 
Foram vários os aspetos que não me cativaram. Começando pela premissa, esta não é das mais interessantes que já encontrei num policial. Após o falecimento de um empresário rico, os seus familiares reúnem-se na sua mansão para fazer as partilhas. No dia seguinte, um dos membros da família aparece morto.

Em relação às personagens, achei-as muito estereotipadas, muito saídas de uma novela. Temos o empresário rico, a moça pobre que vai trabalhar como criada, o político rude e insuportável que só pensa na campanha, a tia solteira que todos detestam, a mulher que não se separa do marido porque não se consegue sustentar sem ele, a mulher que trai o marido com o jardineiro, o inspetor jovem cheio de perspicácia, a melhor amiga jornalista...
Além disso, o livro tem demasiadas personagens. As que recebem mais destaque (familiares da vítima e agentes policiais) são cerca de quinze, mas ultrapassam as vinte e cinco se contarmos todas as outras que têm pequenas aparições. Não é anormal isto acontecer, há livros com muitas personagens. Contudo, senti que eram exageradas para um livro tão pequeno, não havendo tempo nem espaço para as conhecer.
Não me senti cativada por nenhuma personagem. Não posso dizer que tenha uma personagem preferida, mas houve uma que detestei: o inspetor Rodrigues. Este inspetor quase reformado passou todo o livro a ser inútil, a criticar e a descredibilizar os palpites do inspetor Bruno, alegando que não se resolvem crimes com palpites ou sensações. Sinceramente, não sei como é que um homem tão obtuso trabalhou tantos anos como inspetor.

[Fotografia da minha autoria]

Devo ainda mencionar que o livro recebeu uma revisão descuidada. Perdi a conta às vírgulas que encontrei fora do sítio e que podiam, simplesmente, ter sido apagadas. Isto é mais forte do que eu, não consigo abstrair-me destes pormenores e acabo por não desfrutar da leitura.

O clímax do livro, o momento em que é descoberto e interrogado o assassino, é tal e qual um episódio do Inspetor Max. Não digo isto como uma crítica negativa. Eu apenas criei expectativas que não se concretizaram, uma vez que leio imenso este género, tenho certas preferências e preciso de policiais com mais substância para me entusiasmar.

O autor consegue conduzir os diálogos com à-vontade e dar-nos a conhecer os pequenos detalhes característicos das personagens, bem como os seus comportamentos. Este é um aspeto positivo e que demonstra que o autor está habituado a trabalhar com diálogos.

Acredito sinceramente que o autor tem potencial para melhorar, tem muito por onde crescer. Não sei se pretende continuar neste registo, mas a verdade é que eu gostaria que ele se distanciasse um pouco mais das novelas e explorasse algo mais fora da caixa.

Por aqui, sou sempre sincera. Acredito que não devemos ficar inebriados quando lemos autores portugueses; devemos manter o nosso espírito crítico e partilhar opiniões fundamentadas que ajudem os autores a melhorar.
 
Em conclusão, mesmo não tendo sido um livro que me conquistou, não deixo de recomendar a sua leitura. É um trabalho de um autor português que até tem cativado leitores e só lendo é que poderão formular uma opinião.

Classificação: 2/5 estrelas

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Palavras Sentidas


"A coragem está em perceber que a vida não nos pode dar tudo e que por vezes as escolhas que se nos apresentam são ruas sem saída. Mas podemos tentar transpô-las, lutando por aquilo em que acreditamos e sem medo do amanhã."


Aquorea - Inspira
M. G. Ferrey

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Desafio]


Hoje venho partilhar o desafio que a Silvana criou para o livro Viver Depois de Ti e que me deu muito gozo fazer.

Aqui está ele:

DESAFIO:

Depois do livro... O filme
 
Viver depois de ti é um livro especial. A história fica no coração.
 
De forma a prolongares esta história no teu coração desafio-te a ver o filme.
 
Quando terminares faz um paralelismo livro/filme. Há alguma coisa que tenhas gostado mais no filme? O que é que o filme oferece ao livro? Vais querer rever o filme?

A MINHA RESPOSTA:

Viver Depois de Ti ofereceu-me uma leitura incrível, muito intensa e comovente. Sabia que queria ver o filme logo após a leitura dos primeiros capítulos.
Embora nem sempre isto aconteça com os livros adaptados para o cinema, a verdade é que, neste caso, o livro e o filme complementam-se na perfeição. Naturalmente, o livro é muito mais rico em pormenores e tem mais espaço para detalhes, no entanto, a adaptação resultou extremamente bem.
A leitura e a visualização do filme ofereceram-me uma experiência única na vivência desta história.
Um pormenor que eu adorei no filme foi ver as roupas coloridas e “ridículas” da Louise. Estas não eram descritas com exatidão no livro, por isso deliciei-me a ver os seus outfits, principalmente os sapatos. Houve alturas em que dei comigo a babar-me por determinados modelos de sapatos, embora saiba que nunca seria capaz de os usar.
O filme apresenta algumas diferenças em relação ao livro, tais como a irmã de Will (que não tem qualquer papel no filme), o grupo que Louise encontrou num fórum na Internet não é mencionado, o namorado de Louise não tem tanto destaque no filme, embora esteja muito cómico e, ainda, a parte final, depois das férias, está um pouquinho diferente.
Estas diferenças são normais, não modificaram nenhum aspeto importante da história e eu adorei o filme. Está perfeito e será, sem dúvida, um filme para rever no futuro. Será muito bom regressar a estas personagens e ao que elas me fizeram sentir.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

Palavras Sentidas


"[...] por vezes desejamos manter uma amizade porque nos lembramos de como esta nos fazia sentir, mas desejar algo não significa que seja bom para nós."
 
Chamas
Patricia Morais

domingo, 11 de julho de 2021

"Viver Depois de Ti" de Jojo Moyes [Opinião]


Há muito tempo que eu queria ler este livro. Nunca tinha visto o filme porque não gosto particularmente de ver os filmes antes de ler os livros. Mas a curiosidade de conhecer esta história era imensa e, graças a um empréstimo, surgiu finalmente a oportunidade.

Dei comigo agarrada à história em apenas um ou dois capítulos. Conhecemos Louisa, uma jovem banal, que vive numa aldeia de onde nunca saiu, com uma vida completamente banal. Quando fica desempregada, e uma vez que a família está a passar dificuldades, aceita um emprego para cuidar de Will Traynor, um homem que ficou tetraplégico após um atropelamento.

Will é muito temperamental e autoritário, o que faz com que a relação de ambos não comece nada bem. Contudo, Lou tem uma forma muito própria de ver a vida, com uma certa alegria e ingenuidade, e recusa-se a tratá-lo com pena e complacência.

A narrativa é maioritariamente contada na perspetiva de Louisa e a verdade é que adorei a voz dela. Lou é muito humilde e ingénua e tudo o que nos conta tem essa aura de ingenuidade, de inocência, de divertimento. A sua personalidade é tão colorida como as roupas que utiliza e que são sempre tão estranhas e diferentes que Will as considera ridículas.
 
[Fotografia da minha autoria]


Creio que é impossível alguém ficar indiferente a esta história. São abordados temas importantíssimos e até um pouco controversos, como o direito à liberdade de escolha, quais as suas consequências e a forma como reagem as pessoas à nossa volta.
A autora abordou esta temática com muita humanidade, colocou-nos verdadeiramente a pensar (ou, pelo menos, a tentar) no que faríamos se estivéssemos nesta situação. O tema é tão complexo e sensível que eu não consigo ainda formular uma opinião. Entendo os pontos de vista de todos os intervenientes, mas é mesmo difícil colocar-me na pele de Will, tentar imaginar o que é ter uma vida ativa e, de um momento para o outro, ficar agarrada a uma cadeira de rodas, completamente dependente de alguém.

A relação que Lou e Will desenvolvem cresce de forma maravilhosa. Will ensina Lou a ver a vida de outra forma, mesmo que seja ela quem esteja a tentar mudar a visão dele. A verdade é que ele faz muito mais por ela, mostrando-lhe que existe mais vida e mais experiências para lá do pequeno mundo onde ela vive. Às vezes precisamos mesmo de viver com ousadia, arriscar, sair da nossa zona de conforto, mesmo que o desconhecido nos pareça terrível.

Em relação ao final do livro, acho que foi o mais adequado, talvez o mais realista. O leitor sabe desde cedo o que poderá acontecer, mas isso não impede o nosso coração romântico de desejar que o desfecho seja outro. Achei-o perfeito!

Viver Depois de Ti sobressaltou-me as emoções. Tinha receio de que me deixasse mergulhada numa ressaca mas a verdade é que estou grata pela oportunidade de conhecer esta lindíssima história. Vou recordar Lou e Will por muito tempo e é um daqueles livros que farei questão de comprar para ter na estante.
Embora muitos leitores tenham receio de ler a continuação (porque este livro é tão bom que podia ficar por aqui), a verdade é que sinto imensa curiosidade em saber como terá continuado a vida de Lou. Por isso, decidi que vou ler os dois livros que dão continuidade a esta história.

Um livro incrível, comovente, escrito com muita sensibilidade e que acredito que deveria ser lido por toda a gente. Esta temática é demasiado importante para ser ignorada. Leiam!

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Palavras Sentidas


"O desaparecimento de um filho nunca mais deve deixar de assombrar um pai, deve fazê-lo pensar, à medida que as décadas vão passando, se a jovem com quem se acabou de cruzar na rua não será a filha há muito perdida e já adulta. Ou seria ela aquela desconhecida igual às outras cujo sorriso, ou cujo esboço de sorriso, lhe pareceu, por instantes, dolorosamente familiar?"


Rapariga Silenciosa
Tess Gerritsen

segunda-feira, 5 de julho de 2021

"Aquorea - Inspira" de M. G. Ferrey [Opinião]


Aquorea é o romance de estreia da autora portuguesa M. G. Ferrey. Senti uma enorme conexão com este livro após conhecer a sinopse, tive um feeling de que iria gostar e acabei por comprá-lo em pré-venda. Não me arrependi!
 
No dia do funeral do avô, Arabela Rosialt, uma jovem de 17 anos, cai ao mar e afoga-se. Porém, quando acorda, reencontra-o, e ao mesmo tempo descobre que está em Aquorea, uma comunidade que prospera há muitos anos abaixo do nível do mar.

O que me surpreendeu logo nos primeiros capítulos foi a escrita irrepreensível da autora. Este podia perfeitamente ser um livro traduzido de uma qualquer autora americana. Digo isto porque não é aquela escrita mais característica dos autores portugueses. E não considero isto um aspeto negativo, antes pelo contrário. Foi a escrita que me conquistou logo na primeira página!

A autora pensou, imaginou e descreveu o mundo de Aquorea ao detalhe e tenho de a felicitar por isso porque a história está incrivelmente criativa. Conhecemos a forma como esta comunidade vive, os seus valores e princípios, a forma como subsistem, a ausência de dinheiro ou de uma moeda, o tipo de profissões que existem... Os pormenores são ricos e deliciosos!
Acredito que quase nenhum leitor conseguirá ficar indiferente a Aquorea e desejará saltar para dentro destas páginas, tal como eu desejei várias vezes ao longo destes capítulos.
 
[Fotografia da minha autoria]
 
São bastantes as personagens que povoam este livro e que vamos conhecendo. Todas estão bem caracterizadas e com as suas peculiaridades, e não há uma única que esteja ali por acaso, só a enfeitar. Todas têm o seu papel e acredito que terão ainda espaço para crescimento no volume seguinte.
Adorei a Ara e a Petra. Zanguei-me com o Kai e logo a seguir apaixonei-me por ele. Adorei o Colt e tenho algumas teorias para ele!

Aquorea é um daqueles livros que apetece devorar e, ao mesmo tempo, ler bem devagar para que nunca termine. Por diversas vezes dei comigo a arranjar tarefas com que me entreter para justificar a ausência de tempo para ler, pois não queria de maneira nenhuma despedir-me desta história.

A narrativa passa-se quase toda debaixo do mar, em Aquorea. Alguns capítulos decorrem à superfície e achei-os extremamente importantes, uma vez que mostram o desespero da família de Ara e a forma como estão, ou não, a lidar com a perda da filha.

Este livro fez-me sentir bem. Fez-me sentir calma, serena. Fez-me sentir exatamente aquela paz e tranquilidade que sentimos quando caminhamos sozinhos pela praia e nos sentamos no areal, a ouvir o som do mar e a desfrutar do cheiro a maresia. Não me lembro de outro livro que me tenha feito sentir desta forma.

Aquorea é uma mistura entre young-adult (os protagonistas são jovens entre os 17 e os 20 e poucos anos) e fantasia, embora não seja aquela fantasia pura onde encontramos sereias, vampiros, lobisomens e outro tipo de monstros.
Parece-me ser uma história transversal a muitas idades, por isso acredito que até os leitores menos cativados por fantasia poderão gostar deste livro.

Aquorea apaixonou-me, conquistou-me, arrebatou-me completamente. Fiquei rendida ao amor de Ara e Kai e vivi os seus dilemas como se fossem os meus.

Que história bonita! Que história maravilhosa! Sinto-me extremamente grata à M. G. Ferrey por ter tornado este mundo real, por tê-lo partilhado com os leitores. Disse-lhe numa mensagem que este livro merece o mundo e continuo a acreditar nisso. Este livro tem todos os ingredientes para ser um sucesso internacional. Fico a torcer por isso e, claro, para que não demore muito a ter o segundo volume nas minhas mãos!

Classificação: 5/5 estrelas

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Aquisições: Junho

E chegamos ao fim de mais um mês. Posso dizer que junho foi um mês recheado de excelentes livros, tanto adquiridos como lidos.

Li apenas três livros mas fiquei de coração cheio... e um bocadinho despedaçada também. Duas dessas leituras reviraram-me completamente as emoções e receio estar a entrar em ressaca, pois tenho sentido falta de vontade de ler nestes últimos dias.

Passemos agora aos livros que chegaram cá a casa durante o mês de junho.
 
EMPRÉSTIMO
 
- Comecei por receber, logo nos primeiros dias do mês, um livro da Silvana, que vem dar continuidade ao nosso projeto de Empréstimo Surpresa. Foi um livro escolhido pelos seus seguidores do Instagram, de entre um conjunto de quatro livros. Há imenso tempo que eu tinha vontade de conhecer esta história; chegou finalmente o momento!
 

COMPRAS
 
- No mês do meu aniversário, não podia deixar de comprar uma prenda para mim. Adquiri estas duas novidades da Topseller, que tenciono ler muito em breve. Estou muito curiosa em relação a ambos!
 

E tu, tiveste um bom mês de aquisições literárias?