sexta-feira, 30 de abril de 2021

Aquisições: Abril

Abril chegou ao fim. E foi um mês brutal no que diz respeito a aquisições literárias! Desde setembro do ano passado que eu não tinha um mês assim tão bom.
 
Concluí o mês com quatro livros lidos, entre eles um clássico que me demorou um pouco mais, mas cuja leitura foi bem recompensadora.

Os livros que chegaram cá a casa prometem horas de bom entretenimento. Vamos ver?
 
EMPRÉSTIMO
 
- No início do mês encontrei-me com a minha melhor amiga para um passeio, colocar a conversa em dia e, claro, trocar os livros que emprestamos uma à outra. Desta vez, ela trouxe-me um livro de James Rollins, um autor que ela adora e que eu irei ler pela primeira vez.
- Mais tarde, tive a visita da minha prima (que gosta muito de me vir atacar a estante!) e ela trouxe-me o segundo volume da série de Patricia Morais.

    

COMPRAS
 
- Tinha algum dinheiro num Cartão Dá que estava a reservar para comprar um ou dois livros. Decidi usá-lo este mês e adquiri as duas primeiras novidades; descontei todo o dinheiro do cartão e apenas paguei o valor restante, que nem chegou a 8€. Que maravilha!
- Com a aproximação do Dia Mundial do Livro, a Bertrand e a WOOK ofereceram 20% de desconto em novidades e não resisti a adquirir o mais recente thriller da B. A. Paris e um livro sobre escrita da autora Patricia Highsmith.
 


PASSATEMPO
 
- Há imenso tempo que eu não ganhava um passatempo e por isso fiquei extremamente contente por ter sido contemplada com este livro do João Reis, que irá ser a minha primeira experiência com os trabalhos do autor. Estou muito curiosa!
 

OFERTA EDITORA

- Por fim, recebi ainda uma oferta da Topseller: esta novidade que muita curiosidade me despertou. Irei ler brevemente e partilhar a minha opinião aqui no blogue.


E para ti, foi um bom mês de aquisições literárias?

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Palavras Sentidas


"— Perdoar não significa esquecer ou deixar de desejar que se pudesse alterar o passado. Significa principalmente aceitar a ideia de que não se é perfeito, porque ninguém é perfeito. E podem acontecer coisas terríveis a qualquer pessoa."
 
O Regresso
Nicholas Sparks

terça-feira, 27 de abril de 2021

"Distância de Segurança" de Samanta Schweblin [Opinião]


«Schweblin dá-nos uma lição de mestre acerca de medo e suspense.»
The Economist
 
Estranho. É a primeira palavra que me ocorre para caracterizar este livro.
A segunda é intrigante.
E posso também afirmar com segurança que, assim que li a última página, fiquei a sentir que não tinha percebido rigorosamente nada do que acabara de ler.

Distância de Segurança é uma novela (tem apenas 120 páginas) com um enredo simples, mas com uma certa dose de complexidade. Trata-se de uma conversa entre Amanda (uma mulher que estará às portas da morte no hospital) e um menino chamado David. Há outras duas personagens com papel relevante que entram na história: a filha de Amanda e a mãe de David.

O que achei curioso é que este livro oferece uma leitura completamente viciante, com uma tensão que não dá descanso. É como se uma força invisível nos prendesse a estas páginas. Não sei se terá sido devido a toda a estranheza da história, mas a verdade é que não sosseguei até chegar ao fim. Comecei este livro num domingo à tarde, lendo cerca de metade, e nessa mesma noite ao ir deitar-me retomei a leitura e só parei na última página. 

[Fotografia da minha autoria]

A narrativa contém alguns aspetos que se podem inserir no paranormal. Há uma espécie de pesticidas que estão a afetar pessoas e animais e surge uma mulher com uma "cura" quando um menino fica gravemente doente.

O seu título em inglês é Fever Dream, e essa foi a primeira interpretação que fiz da história: talvez tudo não passe de um sonho febril, em que os acontecimentos nos parecem irreais e confusos, tal como os sonhos por vezes são.

A história, contudo, fala-nos de relações entre mães e filhos, de como por vezes as mães podem ser extremamente zelosas com as suas crianças. Mas serão capazes de controlar tudo ao seu redor e proteger os filhos de todos os perigos?

Devido a toda a estranheza, este é um livro que merece uma releitura, algo que pretendo fazer dentro de algum tempo, na esperança de ser capaz de compreender melhor a história.

Já leste este livro? Terei muito gosto em conhecer a tua interpretação. Partilha comigo!

Classificação: 4/5 estrelas

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Promoções do Dia Mundial do Livro

Hoje comemora-se o Dia Mundial do Livro e a WOOK e a Bertrand uniram-se para nos oferecer promoções irresistíveis.
 
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Escolhe a tua livraria preferida, clica na imagem e boas compras!!


Feliz Dia Mundial do Livro
para todos os amantes de livros!

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Palavras Sentidas


"Nenhuma mãe corresponde na íntegra ao conceito que o filho tem de como uma mãe deve ser, e imagino que o contrário também seja verdade."


A História de uma Serva
Margaret Atwood 

sábado, 17 de abril de 2021

"Rapariga Silenciosa" de Tess Gerritsen [Opinião]


Tess Gerritsen foi uma das primeiras autoras de policiais que conheci, há muitos anos, quando comecei a explorar este género. Os primeiros três volumes foram adquiridos pelo meu pai, quando ele era sócio da Círculo de Leitores. Entretanto, eu dei continuidade à coleção e consegui reunir todos os 12 volumes publicados até hoje.

Rapariga Silenciosa é o nono livro da série Rizzoli & Isles, que eu recomendo que seja lida por ordem.
Somos transportados para Chinatown, o bairro chinês de Boston, e tudo começa com o aparecimento de um cadáver sem uma mão, no telhado de um prédio. São ainda encontrados dois cabelos brancos não humanos colados ao corpo.

No decorrer da investigação, algumas provas conduzem ao cenário de um crime que ocorreu dezanove anos antes: um massacre num restaurante.

Este livro é muito curioso; a autora refere nos agradecimentos que é o livro mais pessoal que escreveu e que se inspirou naquilo que a mãe lhe contou sobre a sua infância na China. Assim, esta narrativa aborda algumas lendas chinesas, especialmente a do Rei Macaco.

Desta forma, os nossos detetives vão cruzar-se com alguns acontecimentos inexplicáveis, dado que parece haver uma estranha criatura a agir em busca de justiça.

[Fotografia da minha autoria]
 
Gostei imenso de voltar a estas personagens que já conheço tão bem. Este livro não desenvolve tanto a vida pessoal dos protagonistas, dando um destaque maior à investigação criminal. No entanto, aparece uma personagem do livro anterior — Seita Maldita — que acaba por dar um contributo importante para a investigação.

Rapariga Silenciosa é uma história sobre dor, perda, vingança e justiça, sobre a linha muito ténue que separa o que está certo daquilo que é errado. Ou seja, será que há casos em que se justifica fazer justiça pelas próprias mãos? Poderá a vingança ser uma opção quando não se fez justiça?
São questões pertinentes que gostei de ver abordadas neste livro. A história mostra também o elo existente entre mães e filhas e como uma mãe estará disposta a tudo para voltar a ver a sua filha.

Não foi um dos meus preferidos da autora, porém não deixo de recomendar os seus livros. Fico com pena de quase não ver os seus livros serem falados nas redes sociais. Tess Gerritsen é a prova de que, quando pegamos em livros um pouco mais desconhecidos, acabamos por ter uma agradável surpresa.

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Palavras Sentidas


"Lembro-me de pensar que, por vezes, um amigo tem de nos chamar à atenção, de levantar um espelho à nossa frente para nos mostrar a imagem que os outros têm de nós. Os amigos existem para dominar os nossos piores traços, estão lá para trazer à superfície o que temos de melhor."


A Amiga
Dorothy Koomson

terça-feira, 13 de abril de 2021

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Os motivos]


Após mais uma pausa devido ao confinamento, o nosso empréstimo conjunto voltou à estrada. Foi a minha vez de escolher um livro para a Silvana e ela já o recebeu.

Aqui está o escolhido:


Motivos da minha escolha:

Eu não tive uma experiência muito boa com este livro. A história é bonita e a escrita também, mas é um livro mais reflexivo e não funcionou comigo, uma vez que preciso de algum dinamismo nas leituras.
Por sua vez, a Silvana tem tido melhores experiências com este tipo de livros, por isso decidi dar ao livro uma oportunidade para outra pessoa gostar dele. Se a Silvana apreciar a leitura mais do que eu, já sentirei que a missão foi cumprida.

Espero que tenhas uma boa leitura, Silvana!

domingo, 11 de abril de 2021

"O Cardeal" de Nuno Nepomuceno [Opinião]


O final deste livro é tão bom, tão intenso, que quando terminei fiquei dois dias sem conseguir ler nada. Foi como se me tivessem sugado as energias do corpo e precisei realmente de uma pausa antes de me dedicar a uma nova leitura.

Mas não vamos começar pelo fim!

Antes de mais, deixo um conselho: recomendo que leias a série Afonso Catalão por ordem, de forma a compreenderes toda a dinâmica entre as personagens. Se não for possível, ou se pretenderes começar pelo O Cardeal, a recomendação é que leias antes A Morte do Papa, uma vez que há uma continuidade nos acontecimentos.

Este livro apresenta duas histórias em paralelo. Por um lado, a cidade de Cambridge é confrontada com dois crimes: a morte de Laura Emanuel e um menino que desaparece a caminho da escola e é encontrado nu e estrangulado.
Por sua vez, um novo cardeal chega à Cidade do Vaticano num ambiente de polémica, ao mesmo tempo que também se inicia um novo conclave.

Assim, ao longo desta leitura vamos viajar entre Cambridge e a Cidade do Vaticano. Teremos também a participação de Afonso e da sua esposa Diana.

[Fotografia da minha autoria]

O Cardeal conseguiu prender-me de tal forma desde as primeiras páginas que li metade do livro em apenas um dia.
E porque é que eu gostei tanto deste livro? Creio que terá sido por ele ter uma componente religiosa mais pequena e um maior destaque na investigação dos crimes. Eu sou fã de policiais e thrillers e nem sempre a parte religiosa é o que mais me atrai nos livros do Nuno.

Adam Immanuel é uma personagem que já vem do livro A Morte do Papa e que ganha agora mais destaque, uma vez que vai ser implicado em ambos os crimes. Adam é um escritor inglês que acabou de publicar o seu mais recente trabalho — A Morte do Papa — que está a ser um sucesso estrondoso. Foi uma das personagens que mais me deu gozo conhecer, isto porque é um homem completamente rude, agressivo, antipático e arrogante. Descobri que adoro este tipo de personagens, de descobrir o que está por detrás daquele comportamento, ou seja, tem de haver algo escondido, algum problema, alguma frustração, alguma dor recalcada.

Tenho ainda de deixar um elogio à Vanessa Robbins, uma outra personagem mais passageira que me provocou uma boa quantidade de gargalhadas.

Senti-me mais ligada a esta história porque também fala muito de livros, ou seja, Adam é escritor, a sua irmã Lizzie adora livros, vemos algumas interações entre Adam e o seu editor, e isso ajuda o leitor a identificar-se. Eu, pelo menos, adoro livros que falem de outros livros ou cujas personagens partilhem do meu fascínio pelos livros.

As últimas páginas são intensas, completamente arrebatadoras, com surpresas atrás de surpresas. Quando eu achava que estaria prestes a desvendar o mistério, o autor introduzia novos elementos que me deixavam boquiaberta. Foi uma teia mirabolante de revelações! O autor deixou-me sem palavras, tirou-me o chão por diversas vezes naquelas derradeiras páginas e não tive dúvidas de que este livro merecia as 5 estrelas!

O último capítulo deixou-me maluca! Será que o próximo livro nos vai trazer um confronto entre duas personagens implacáveis que não posso identificar?

Recomendo absolutamente este trabalho do Nuno, que acabou de se tornar no meu preferido do autor!

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Palavras Sentidas


"[...] os pensamentos são o que são, sombras que passam, e não são bons nem maus em si mesmos, só as ações é que contam [...]."


O Evangelho Segundo Jesus Cristo
José Saramago

segunda-feira, 5 de abril de 2021

"O Homem Ausente" de Hjorth & Rosenfeldt [Opinião]


«Aqueles que leram os primeiros romances correrão para a livraria mais próxima para comprar o terceiro livro. Mais uma vez, impossível parar de ler.»
NDR Kultur (Alemanha)
 
O Homem Ausente é o terceiro volume da empolgante série Sebastian Bergman. Já referi anteriormente mas é importante relembrar que esta série deve ser lida por ordem, uma vez que a história tem uma grande continuidade na vida das personagens.

O enredo deste livro é composto por várias histórias paralelas que, no início, não parecem ter nada em comum. Por um lado, seis corpos são encontrados enterrados no meio da neve nas montanhas de Jämtland e a Riksmord é chamada para investigar. Num outro local, uma mulher afegã, a viver na Suécia, procura respostas para o mistério do desaparecimento do seu marido, alguns anos antes. E há ainda um jornalista disposto a investigar a sua história.

O caso policial presente neste livro não é dos mais interessantes. Como sempre tem acontecido, a equipa depara-se com falta de pistas e inúmeras dificuldades. Confesso que o caso só se tornou cativante nas últimas cem páginas, quando todas as histórias paralelas se começaram a interligar.
 
[Fotografia da minha autoria]
 
Ao contrário do que seria de esperar, Sebastian não contribui quase nada para esta investigação. No entanto, continua a ter um papel de destaque no livro, uma vez que alimenta os acontecimentos paralelos que mantêm o leitor preso às páginas deste livro.
Se no livro anterior eu estava a sentir pena e empatia por Sebastian, agora começo a sentir uma certa perplexidade tendo em conta os seus comportamentos, alguns muito graves, que trazem sérias consequências para as pessoas que o rodeiam.

Se avaliarmos este livro unicamente como um policial, ele não será dos melhores. É tudo pouco procedimental, sem descrições macabras ou autópsias repletas de detalhes. Pessoalmente, prefiro policiais mais ricos, mais estimulantes.
Contudo, estou completamente viciada no drama que envolve estas personagens e é por elas que eu faço questão de querer ler todos os livros.

Quando ao final, o que posso dizer? Que fiquei boquiaberta, completamente em estado de choque! Detesto quando os escritores terminam capítulos daquela forma, mas terminar assim um livro é imperdoável! Porém, dado que se trata de uma série, os autores não poderiam arranjar final mais explosivo para deixar o leitor a desejar ler o volume seguinte de imediato. Estou desejosa de o fazer!

Classificação: 4/5 estrelas

sexta-feira, 2 de abril de 2021

"O Papagaio de Papel" de Marcelino Rodrigues [Opinião]


Tive a oportunidade de trabalhar com o Marcelino Rodrigues na revisão deste conto. Recordo-me de lhe ter dedicado várias horas e de não ter sido um trabalho nada aborrecido, pelo contrário, embora precisasse de olhar para cada palavra e cada frase com uma atenção redobrada, senti aquela excitação de querer ler a história toda de uma só vez para descobrir como terminaria.

Fiquei sensibilizada quando o autor desejou oferecer-me um exemplar de O Papagaio de Papel na sua versão final. Esta edição de capa dura, com ilustrações a cores, está apelativa e cativante, um trabalho muito bem conseguido e no qual se nota o cuidado do autor e o esforço que dedicou a este projeto.

O Papagaio de Papel é um conto para adultos. Certamente esta capa será cativante para crianças, mas deixo a advertência de que o conto contém cenas e ilustrações de nudez, bem como outras cenas de violência, desadequadas para crianças.

[Fotografia da minha autoria]
 
É uma história de fantasia com uma pitada de terror, ambientada no contexto atual em que vivemos. O autor situou a narrativa no início da pandemia de COVID-19 em Portugal e, posteriormente, adicionou-lhe elementos da mitologia e do bestiário tradicional português.

Um pai e um filho vão passar o confinamento domiciliário num casebre isolado em Santo Tirso mas, à medida que a quarentena se prolonga, eles vão ver-se no meio de situações surreais, a enfrentar criaturas perigosas, bem como o receio e a incerteza de um isolamento forçado. Ambos acabarão por aprender que, muitas vezes, temos de enfrentar os nossos medos se quisermos salvar aqueles que amamos.

Gostei muito de reler esta história, acompanhada pelas belíssimas ilustrações, onde por vezes me demorava de forma a observar todos os pormenores.
A escrita de Marcelino é cuidada e agradável de ler. Os capítulos curtos combinam muito bem o mistério, surpresa e suspense, pelo que é difícil largar este pequeno livro antes de descobrirmos como termina.

Recomendo vivamente o trabalho deste autor que, na minha opinião, ainda tem imenso talento a mostrar dentro do género de fantasia e terror.

Classificação: 4/5 estrelas

quinta-feira, 1 de abril de 2021

Aquisições: Março

Despedimo-nos de mais um mês que, para mim, foi bastante cansativo.

No início de março, consegui recuperar o ânimo pela leitura e cheguei ao fim do mês com três livros lidos, mais um iniciado que transitará para o mês de abril.

Também chegaram livros bons cá a casa. Vamos ver?

OFERTA

- O Papagaio de Papel foi uma oferta do autor Marcelino Rodrigues por ter colaborado com ele neste livro, como revisora. Foi uma experiência muito boa e agradeço a amabilidade do autor em ter-me oferecido um exemplar.


COMPRAS

- No primeiro dia do mês aproveitei a promoção de 20% na WOOK e comprei um outro livro de Samanta Schweblin, uma autora que gostei de conhecer no início deste ano.
- Em meados do mês não resisti a uma promoção de 30% também na WOOK e adquiri O Monte dos Vendavais, nesta edição lindíssima da D. Quixote. Estou mesmo curiosa por lê-lo em breve!


E o teu mês, como correu a nível de aquisições literárias?