sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

«O Rouxinol» de Kristin Hannah [Opinião]


«Uma homenagem à extraordinária coragem e resistência das francesas durante a Segunda Guerra Mundial.»
Kirkus Reviews
 
Há muito que queria ler Kristin Hannah, dado que tenho lido opiniões muito boas dos seus livros. Embora tenha A Grande Solidão na estante, encontrei O Rouxinol na biblioteca e não resisti a trazê-lo comigo.

O Rouxinol acompanha a saga familiar de duas irmãs, em 1939, na França, no início da Segunda Guerra Mundial.
De um lado, temos Vianne, que está a despedir-se do marido, Antoine, que parte para a guerra. Mais conformada, ela não acredita que os nazis vão invadir a França, contudo vai ser obrigada a tomar decisões difíceis quando um capitão alemão reclama a sua casa.

Do outro lado, temos Isabelle, a irmã mais nova de Vianne, que tem uma personalidade rebelde e que procura um objetivo na vida, agarrar-se a algo com a paixão e a ousadia da juventude.

Desta forma, enquanto Vianne quer fazer tudo para se manter invisível e sobreviver, mantendo a filha em segurança, Isabelle quer fazer algo importante, quer ajudar no esforço de guerra, pelo que acaba por se juntar à Resistência, sem olhar para trás, mesmo com a consciência de que estará a pôr-se a si e à família em perigo.

Fiquei muito, muito impressionada com esta história que, apesar de ter como fundo a Segunda Guerra Mundial e, por conseguinte, uma temática dura, lê-se muito bem. A escrita da autora é cativante e agarra-nos desde os primeiros capítulos.

Este livro acaba por nos mostrar o papel das mulheres na guerra, a luta delas, o que elas podem fazer para contribuir neste mundo que geralmente é muito centrado nos homens.
Estas duas mulheres mostraram uma enorme coragem, muita força e humanidade e, por diversas vezes, dei comigo a pensar como seria enfrentar uma situação destas e se alguma vez eu teria sequer um terço da coragem que elas tiveram.
Creio que, devido às circunstâncias atuais da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, estes livros sobre as guerras mundiais deixam-nos a refletir ainda mais.

Adorei O Rouxinol. Cheguei ao fim com lágrimas nos olhos e sinto que este livro vai ficar comigo durante muito tempo. Estou completamente cativada pela Kristin Hannah e sem dúvida que vou continuar a procurar os seus livros. Tenciono ler A Grande Solidão ainda este ano.

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Palavras Sentidas


«As drogas são uma espécie de crepúsculo que nos dá a ilusão de que somos nós que decidimos quando a luz se apaga, mas esse poder nunca nos pertence. A escuridão engole-nos quando muito bem entender.»


Gente Ansiosa
Fredrik Backman

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

«Um Sonho só Nosso» de Nicholas Sparks [Opinião]


Um Sonho só Nosso é o mais recente romance de Nicholas Sparks, publicado em setembro de 2022.
 
Nele vamos acompanhar duas histórias em paralelo. A primeira é de Colby, um jovem que sempre acreditou que teria um futuro como músico, até uma tragédia se abater sobre a sua vida. Quando, num impulso, aceita tocar num bar na Florida, nunca imaginou que estaria prestes a conhecer Morgan, uma jovem com formação musical e com uma enorme paixão pela vida.
 
A segunda história que acompanhamos é a de Beverly, numa situação mais difícil. Fugiu de casa com o filho de 6 anos para escapar a um marido violento e tenta começar de novo num local tranquilo.
 
De ambas as histórias, a minha preferida foi a de Beverly. Os capítulos estão muito bem escritos e sentimos na perfeição a angústia desta mulher e o medo de que o marido a encontre. A situação acaba por ficar muito tensa e, por momentos, senti que estava a ler um thriller, de tão colada que me sentia à história.
 
Os capítulos de Colby e Morgan são mais relaxados, com um certo sabor a verão. Não me senti tão ligada a eles porque me pareceu que se apaixonaram demasiado depressa.
 
A surpresa deste livro acaba por ser a forma como a vida destas três personagens se vai interligar. Há uma informação no início do livro que me deixou com dúvidas, desconfiada, e embora estivesse a tentar formular uma teoria, sentia que não conseguia encaixar todas as peças. Talvez por essa razão senti mais o suspense ao longo do livro. Outros leitores poderão perceber mais facilmente a achar a história previsível.
 
O final acabou por ser bom, com algum drama, como é natural de Nicholas Sparks, mas também com otimismo. Senti que tudo foi bem explicado.
 
O melhor aspeto deste livro é a personagem Beverly e toda a situação de tensão à volta dela. Fez-me pensar que o autor teria capacidades para escrever um thriller e que gostaria muito de o ver nessa vertente.
 
Deixo só uma palavra em relação à tradução e revisão. Notei uma repetição excessiva da locução «de modo que»; possivelmente terá vindo assim da tradução e não foi corrigido na revisão. Era importante detetar estas repetições e minimizá-las, por isso considero que isto falhou na revisão. Este aspeto acabou por me prejudicar a leitura, dado que a repetição é mesmo excessiva e incomoda.
 
Em conclusão, foi uma leitura que me soube bem e que consegui ler relativamente rápido. Gostei bastante, mas não considero que tenha sido dos livros mais intensos do autor. Apesar das partes mais tristes, a história deixou-me também com um sorriso nos lábios.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Palavras Sentidas


«Representar verdadeiramente era tornar-se invisível, de modo que só a personagem vibrasse.»


A Outra Metade
Brit Bennett

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

«O Intruso» de Stephen King [Opinião]


«Como acontece com a maior parte do trabalho de King, O Intruso é uma exploração das relações que se estabelecem entre o bem e o mal; no entanto, desta vez, o ceticismo desfoca as linhas entre os dois.»
The Washington Post

Poderá uma pessoa estar em dois locais ao mesmo tempo?
 
É esta a premissa de O Intruso, mais um thriller do rei do terror. 
Tudo começa quando um menino de onze anos é encontrado morto. O que o assassino lhe fez é horrível e indescritível. Por esta razão, o crime choca os cidadãos de Flint City. E talvez choque ainda mais quando Terry Maitland, um dos cidadãos mais queridos daquela povoação, é preso.
 
As provas são inegáveis, bem como os indícios de ADN. Contudo, Terry tem um álibi muito forte: estava noutra cidade quando o crime foi cometido, e há testemunhas.
Aos olhos da justiça e da opinião pública, o caso está resolvido. Porém, o detetive Anderson não está satisfeito. Poderá ter cometido um erro ao prender Terry tão de repente.
 
Stephen King conseguiu prender-me logo desde as primeiras páginas, com os relatos de várias testemunhas e a detenção de Terry. Há uma reviravolta muito cedo na história, com a qual eu não contava, e depois a narrativa ganha outro rumo.
 
Embora seja um calhamaço com mais de 500 páginas, o meu receio de que pudesse haver alguma palha não se concretizou. A história avança a bom ritmo, sempre com novas descobertas a surgir, e a parte final ganha um tom mais assustador. Afinal, como é que uma pessoa pode estar em dois locais ao mesmo tempo? Poderá a resposta estar em alguma criatura sobrenatural?
 
Não foi para mim dos melhores livros de Stephen King que li até à data, mas conseguiu prender-me. Apenas não gosto tanto quando a explicação está no sobrenatural.
 
Quanto a mim, vou continuar a ler as obras deste autor. Ainda estou à espera de encontrar um livro que ultrapasse a genialidade de Misery.

Classificação: 4/5 estrelas

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Palavras Sentidas


«Às vezes, para bem da nossa sanidade mental, temos de nos concentrar apenas no que é mais importante.»


Viver Sem Ti
Jojo Moyes 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Aquisições: Janeiro

O primeiro mês do ano chegou ao fim. Ao contrário do que por vezes acontece, não senti que este mês fosse interminável. Consegui um bom equilíbrio entre trabalho e descanso, e aproveitei a vontade de ler para ler bastante.

Terminei 4 livros: um que já vinha de dezembro, e mais 3 que li por completo. Ainda tive tempo de iniciar uma outra leitura que transitará para fevereiro.
Quanto aos géneros, foram um thriller, uma distopia e dois romances contemporâneos, sempre conjugados cuidadosamente com as revisões do momento, para não enjoar de determinado género.
 
Vamos agora ver o que chegou cá a casa?
 
BIBLIOTECA
 
- Na segunda semana do ano, fui buscar o livro do Nicholas Sparks que estava disponível.
No dia em que o devolvi, aproveitei e escolhi uma nova leitura. Estou muito curiosa!
 

PRENDA DE NATAL
 
- No início do mês, recebi esta prenda de Natal vinda da Silvana. Muito obrigada! Adorei este miminho!


E tu, também tiveste um bom mês de aquisições literárias?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Palavras Sentidas


«Há verdades que apenas a tragédia pode ensinar. A primeira que aprendi foi que quando as pessoas se debruçam sobre a tua dor, querem que a tua dor também se debruce sobre elas. Precisam de ser suas testemunhas em tempo real, ou então não estarás a cumprir a tua parte.»


Lendários
Tracy Deonn