quarta-feira, 27 de abril de 2022

Palavras Sentidas


«Nunca tinha reparado que os segredos são como um alvo. Quanto menor o círculo, maior o segredo.»


A Filha do Guardião do Fogo
Angeline Boulley

sexta-feira, 22 de abril de 2022

«Eu Sei o Que Vocês Fizeram» de Dorothy Koomson [Opinião]


«Um thriller psicológico instantaneamente envolvente.»
Daily Telegraph

Tenho gostado imenso de ver Dorothy Koomson a explorar a sua vertente mais direcionada para os thrillers, não fosse este o meu género literário preferido.

Eu Sei o Que Vocês Fizeram despertou-me a curiosidade assim que soube do seu lançamento em Portugal.
A premissa é muito boa e tinha tudo para dar certo.
Imagina que chega às tuas mãos um diário que revela os segredos de todos os teus vizinhos. A mulher que o escreveu foi violentamente atacada e encontra-se às portas da morte. O que farias? Entregarias o diário à polícia? Ou tentarias descobrir quem a atacou?

Iniciei este livro com grandes expetativas e esperança de me surpreender. O início prendeu-me e, ao mesmo tempo, deixou-me um pouco confusa. São-nos apresentadas várias personagens e vamos acompanhando o ponto da vista de cada uma. Precisei de algum tempo até ser capaz de identificar quem era quem.

Fui avançando na leitura, mas sentia que não me estava a cativar o suficiente, não me prendia nem me deixava em ânsias de descobrir tudo como um bom thriller consegue fazer. Atribuí isso à possibilidade de me sentir ainda ressacada da minha leitura anterior. Porém, esta falta de algo que me cativasse manteve-se quase até ao final.

No geral, não gostei propriamente de nenhuma personagem, excetuando talvez a Rae, com quem me identifiquei um pouco. Achei que estava bem caracterizada e gostei especialmente que fosse uma personagem com problemas que se intensificaram devido à pandemia e ao confinamento.

A minha única motivação para ler o livro até ao fim foi descobrir quem atacara a dona do diário. Esse mistério acabou por conseguir manter-me curiosa ao longo da leitura. As últimas cem páginas acabaram por valer um pouco mais a pena e adorei a reviravolta final.

Apesar de tudo, acho que faltou qualquer coisa a este livro para ele funcionar comigo.

Eu Sei o Que Vocês Fizeram é um thriller que aborda aquilo que somos capazes de fazer para proteger quem amamos. A restante temática acaba por ser um pouco baseada na coscuvilhice, uma vez que toda a história se centra numa mulher que se dedicou a investigar todos os seus vizinhos e a descobrir os seus podres.
Todos podemos ter segredos, todos podemos ter algo no passado de que não nos orgulhamos, mas ninguém tem o direito de se intrometer na nossa vida e revelar os nossos segredos. Creio que o ensinamento que podemos retirar daqui é que, apesar de sermos naturalmente curiosos, devíamos aprender a respeitar um pouco mais os outros.

Embora não me tenha cativado tanto como outros livros da autora, não deixo de recomendar a sua leitura. Outros leitores poderão certamente apreciar esta história de forma diferente.

Classificação: 3/5 estrelas

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Palavras Sentidas


«Tratam a minha pele negra como se fosse uma arma ou uma granada ou uma faca perigosa e letal, quando, na realidade, eles é que são o perigo.»


Ás de Espadas
Faridah Àbíké-Íyímídé

quinta-feira, 14 de abril de 2022

«Se Fosse Perfeito» de Colleen Hoover [Opinião]


«Íntimo e cru.»
USA Today

«Se Fosse Perfeito» é um romance de Colleen Hoover publicado originalmente em 2018, algum tempo antes de a autora se estrear nos thrillers psicológicos. Por essa razão, este é um daqueles dramas capazes de nos apertar o coração.

Quinn e Graham conheceram-se numa situação péssima na vida de ambos. Não foi o início que qualquer um deles desejaria, mas o que os uniu foi mais forte do que o desgosto que haviam partilhado.
Alguns anos mais tarde, o amor que sentem um pelo outro é abalado pelos momentos menos perfeitos da vida a dois. Será o amor realmente capaz de superar tudo?

Sem querer dar muitas pistas sobre este livro, tenho apenas de referir a sua temática principal: a infertilidade.

Neste romance que nos agarra desde a primeira página, vamos acompanhando dois espaços temporais: o passado, quando Quinn e Graham se conheceram e começaram a namorar; e o presente, após alguns anos de casados e em que sentem o seu casamento em crise.

[Fotografia da minha autoria]

É impossível ficar indiferente à história destes dois e ao sofrimento que partilham devido à infertilidade. Colleen retrata na perfeição as angústias e o desespero de uma mulher que quer a todo o custo ser mãe e, mês após mês, falha. Compreendemos como é desagradável quando uma mulher está nesta situação e, a toda sua a volta, as pessoas estão sempre a intrometer-se e a atirar a habitual pergunta: «para quando um bebé?»
Por muito que as pessoas nem perguntem por mal, a verdade é que nós nunca sabemos se estamos a fazer esta pergunta a alguém que não consegue engravidar e que, por isso, está num sofrimento imenso.

Por seu lado, Graham não consegue lidar com o sofrimento de Quinn, porque ela se afasta, não se abrindo com ele. Colleen aborda aqui os problemas de comunicação que originam muitos mal-entendidos e podem minar a relação de um casal.

Embora a minha visão da maternidade seja diferente da desta personagem, consegui sentir empatia e pôr-me um bocadinho na sua pele. Acredito que este livro possa ser muito forte para mulheres que sofram de infertilidade. É duro, muito cru, muito real.

Quinn e Graham sentem um amor único um pelo outro e a possibilidade de que se pudessem separar abalou-me imenso durante a leitura. Afinal, o amor é ou não capaz de superar tudo?

Colleen é excelente a escrever sobre emoções. Apesar de triste, este livro é também muito bonito. Vai deixar o leitor de coração destroçado e a seguir vai voltar a unir todos os pedaços.
 
«Se Fosse Perfeito» é uma história com um final maravilhoso, diria até perfeito. Prepara os lenços, porque as lágrimas vão cair, mas prometo que vale totalmente a pena.

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Palavras Sentidas


«Em todos os sentidos, a guerra será sempre um desperdício inútil de tempo, dinheiro e, acima de tudo, da vida humana.»


A Noiva Judia
Nuno Nepomuceno

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Desafio]


Hoje venho dar resposta, com algum atraso, ao desafio que a Silvana criou para o livro O Ano da Dançarina.

Aqui está ele:

DESAFIO:

Que diria Nicolau?
 
Nicolau viveu na primeira pessoa o combate a uma pandemia. A gripe espanhola chegou a Portugal e ele esteve na linha da frente.
 
Imagina que Nicolau está lá em cima, sentado numa nuvem, a assistir ao que se passa na atualidade.
 
Escreve alguns dos seus pensamentos e reflexões sobre aquilo que ele está a observar.

A MINHA RESPOSTA:

Oh não, está a acontecer outra vez.
Um novo vírus parece estar descontrolado em vários países. Já chegou a Portugal. Há países a iniciar confinamentos. Os hospitais estão sobrecarregados. Tanta gente a morrer…
Vou acompanhando as notícias que se escrevem no meu amado país e não gosto do que leio. As pessoas parecem não ter aprendido nada com as pandemias anteriores.
A gripe espanhola foi devastadora e esta nova pandemia parece caminhar na mesma direção.
 
Já passou um ano desde o aparecimento do primeiro caso. As pessoas estão cansadas. Os médicos estão exaustos. Mas preocupa-me este absurdo aumento de novos casos nestes meses de inverno. O número de mortes aumentará drasticamente.
No entanto, pelo que pude verificar ao longo dos últimos meses, este vírus não é tão perigoso como o influenza. As pessoas resistem mais, não adoecem numa questão de horas, o que permite que muitas delas possam ser salvas. Porém, receio que o vírus venha a sofrer mutações num futuro próximo, tornando-se mais forte.
 
Passaram já dois anos. O cansaço é mais do que evidente. Mas há uma esperança: grande parte da população já está vacinada e espera-se que o número de mortes e doentes graves diminua consideravelmente. Admiro a rapidez com que os cientistas e as várias organizações se mobilizaram na procura por uma (neste caso, várias) vacina eficaz. Sinto-me orgulhoso do meu país e do mundo inteiro e estou agora mais confiante de que em breve este vírus possa ser derrotado. Talvez não completamente, mas em grande parte.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

«Um por Um» de Chris Carter [Opinião]


Um por Um é o quinto livro da série policial Robert Hunter, da autoria de Chris Carter.
Este autor surpreende-me e arrebata-me a cada novo livro. Não tenho dúvidas de que é um dos melhores autores contemporâneos dentro do género policial.

Nesta nova investigação, Robert Hunter e o seu parceiro, Carlos Garcia, vão deparar com um assassino muito inteligente. Tudo começa quando recebem um telefonema a indicar-lhes que acedam a um endereço específico na Internet. Para piorar tudo, Hunter é obrigado a escolher de que forma a vítima deverá morrer: afogada ou queimada viva.
Quando a investigação não traz nenhuma pista, Hunter recebe um novo telefonema. Desta vez, o assassino transformou o seu jogo doentio num programa online onde as pessoas podem votar e assistir à morte da vítima.

Este livro é completamente explosivo. São quatrocentas páginas que não se leem, devoram-se. Comecei devagar, embora com a curiosidade a crescer a cada novo capítulo e, após a primeira metade do livro, já não o conseguia largar.

Adorei o modus operandi deste assassino. É muito macabro, sim, e as descrições do autor são bastante gráficas, pelo que é preciso ter algum estômago para digerir este tipo de imagens. Nem todos os leitores aguentarão esta violência, por isso deixo o alerta aos leitores mais sensíveis.

Robert Hunter é especialista em Análise do Comportamento Criminal e, ao longo da narrativa, vamos tendo o seu parecer acerca do assassino e a interpretação do seu comportamento e das motivações para agir de determinada maneira. Gosto especialmente destas análises comportamentais.

Este livro faz-nos refletir sobre o comportamento das pessoas perante os programas televisivos, neste caso os reality shows onde os espectadores têm o poder de decidir o destino dos concorrentes.
Neste caso, o assassino põe a decorrer uma votação para escolher o modo como a vítima morrerá. Poderemos pensar: mas as pessoas seriam mesmo capazes de votar, sabendo que aquilo é real? Por muito que nos pareça terrível, a explicação comportamental diz que sim, que as pessoas gostam deste tipo de poder de decidir o destino de alguém.

Um por Um fez-me lembrar os filmes do Saw, onde as vítimas eram apanhadas e postas numa armadilha mortal onde teriam de fazer uma escolha para se salvar.
Neste livro a vítima não tem grande possibilidade de escolha, porém, a história fala-nos de escolhas, de como nem sempre temos escolha em tudo. Por vezes, uma má decisão de outra pessoa pode destruir a nossa vida por completo.

Recomendo vivamente este romance policial de Chris Carter. Tenho adorado todos os livros do autor, mas cada novo livro que leio acaba por tornar-se o meu favorito. Este arrebatou-me por completo. É inquietante, um verdadeiro page-turner até à última página.

Classificação: 5/5 estrelas

quarta-feira, 6 de abril de 2022

Palavras Sentidas


«Coragem não era uma identidade, mas uma escolha.»
 
Acorda Para a Vida, Chloe Brown
Talia Hibbert

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Livro Recebido]


Chegou cá a casa mais um livro no âmbito do projeto de empréstimo surpresa que partilho com a Silvana.

Ela perguntou-me se tinha algum pedido especial, e pedi-lhe apenas um livro que eu não demorasse dois meses a ler. Tenho tido muita vontade de ler, mas, com o meu trabalho de revisão, tenho fases em que posso ler cem páginas por dia, e outras em que estou vários dias sem tocar em nenhum livro.
Desta forma, sentia-me pronta para qualquer que fosse a sua escolha!

E este foi o livro que chegou cá a casa:


Adorei!! Fiquei mesmo doida quando abri o envelope. Que saudades que tenho de ler Chris Carter!

Obrigada, Silvana! Foi uma surpresa excelente!
Passa no blogue dela e fica a conhecer os motivos por detrás desta escolha.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Aquisições: Março

Mais um mês que terminou e que parece ter passado a voar. Também sentiste o mesmo?
 
Março foi o melhor mês que tive este ano no que diz respeito às leituras. Consegui ler 4 livros: dois thrillers (um deles YA), um romance de época e um romance contemporâneo. Ainda trabalhei na revisão de dois livros, que também entram para as minhas leituras do mês.

As aquisições deste mês foram igualmente boas.
Vamos ver o que chegou cá a casa?

COMPRAS

- O livro da Dorothy foi a minha compra do mês de março nas promoções de 20 % da WOOK.
- Os livros da Colleen e da Kiley foram compras de fevereiro, que só chegaram cá a casa em março, aquando das respetivas datas de lançamento.

 
BIBLIOTECA

- Fiz mais uma visita à biblioteca e trouxe comigo um romance de época que me atraiu pela sinopse.

 
EMPRÉSTIMO

- Este mês recebi mais um livro da Silvana, no âmbito do nosso projeto de empréstimo conjunto. Estou ansiosa por lê-lo!


E o teu mês, como correu no que diz respeito às aquisições literárias?