Ouvi tantas coisas boas acerca deste livro que a minha curiosidade ficou espicaçada e tentei adquiri-lo assim que me foi possível.
Este é um daqueles livros que se lê de uma assentada. Eu não o fiz, mas vontade não me faltou. Ainda assim, despachei-o em três ou quatro noites.
A história inicia-se com um jantar de convívio entre amigos, onde ficamos a conhecer Jack e Grace, um casal aparentemente perfeito. Mas neste livro nada é o que parece. Ao fim de poucas páginas, o leitor começa a aperceber-se de que algo não está bem e rapidamente entra no horror que é a vida de Grace.
A história alterna entre presente e passado, sempre contada na voz de Grace. Vamos conhecendo como Jack e Grace se conheceram, como foi o início do casamento de ambos e como pretendiam tomar conta de Millie, irmã de Grace e portadora de Síndrome de Down.
Milli teve um papel muito importante nesta história e sempre foi quem deu força e esperança a Grace. Gostei imenso de ver como elas se davam tão bem e como Grace era maternal para com a irmã.
Este livro não é gráfico, não há cenas violentas de sangue nem mutilação de cadáveres. O terror é todo psicológico, e consegue ser tão ou mais perturbador quanto a violência física.
É um livro que não dá descanso ao leitor. Não há momentos parados, não há tempo para pausas. Assim que começa a ganhar intensidade, mantém-se intenso até à última página, impossível de largar.
Durante a leitura, senti-me entusiasmada, surpreendida, repugnada e até aterrorizada com a violência que Grace estava a sofrer. Torci durante todo o tempo para que ela se conseguisse soltar, embora fosse difícil imaginar como.
O final está muito bom e deixou-me com um sorriso um nadinha perverso. Aliás, tudo neste livro está perfeito, adorei mesmo e recomendo absolutamente a sua leitura. Foi, sem dúvida, uma das minhas melhores leituras de 2017.
Classificação: 5/5 estrelas
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