Já andava com saudades de ler algo do género distopia, um género que me agrada imenso. Na verdade, adoro tudo o que seja futurista e, quanto mais criativo, melhor.
Estrada Vermelha, Estrada de Sangue é o romance de estreia de Moira Young e passa-se num período pós-apocalíptico e muito violento. Saba é uma jovem que sempre viveu numa zona inóspita e deserta. A sua vida muda quando uma tempestade de areia traz consigo um bando de criminosos, que lhe matam o pai e raptam Lugh, o irmão gémeo que tanto adora. Sozinha com a irmã mais nova, Saba parte numa perigosa viagem, em busca do irmão.
O primeiro aspeto que chama a atenção neste livro é o estilo de escrita, com a ausência de pontuação nos diálogos e uma linguagem estranha, quase com erros ortográficos e como se estivéssemos na presença de pessoas sem escolaridade.
No início, estranha-se um pouco, contudo, ao fim de quarenta páginas, já conseguia ler de forma totalmente fluida. À medida que ia conhecendo este mundo, fui percebendo que esta forma de falar é característica das personagens, que vivem num mundo destruído, com grandes áreas desertas e onde os livros e saber ler é considerado algo "antigo". Além disso, as personagens têm uma espécie de sotaque que só é percetível na edição inglesa, na nossa tradução perdeu-se esse pormenor.
A falta de pontuação dos diálogos, embora pareça confusa no início, não perturba em nada a leitura.
A narrativa está bem estruturada e conduz o leitor numa viagem por um mundo violento. A ação é constante, está sempre alguma coisa a acontecer, pelo que este é um livro extremamente empolgante e de leitura compulsiva.
Apesar da autora não explicar como é que o mundo chegou a este estado, toda a história é bastante original e rica em criatividade. As minhas partes preferidas, que me deixaram mesmo agarrada ao livro, foram as cenas passadas na jaula, as lutas e a fuga; assim como a grande luta com os vermes no enorme lago seco.
Há personagens cativantes e outras que nos provocam ira e nojo. Gostei da coragem de Saba, embora achasse que ela andava irritada o tempo todo; adorei o Jack e gostei ainda mais da evolução da relação de Saba com a irmã.
No geral, foi uma leitura extremamente positiva, e só não atribuo 5 estrelas porque não gostei do vilão, achei-o demasiado louco, estúpido e não me convenceu.
Tenho pena que os volumes seguintes da série não estejam publicados em Portugal, pois adoraria poder ler a continuação. Infelizmente, quando determinado livro não vende tanto, as editoras desistem de publicar a restante série, para tristeza dos leitores que apreciaram o início da história.
Se gostam de ficção científica e distopias, não percam a oportunidade de ler este livro. Tenho a certeza de que se vão sentir cativados do início ao fim.
Estrada Vermelha, Estrada de Sangue é o romance de estreia de Moira Young e passa-se num período pós-apocalíptico e muito violento. Saba é uma jovem que sempre viveu numa zona inóspita e deserta. A sua vida muda quando uma tempestade de areia traz consigo um bando de criminosos, que lhe matam o pai e raptam Lugh, o irmão gémeo que tanto adora. Sozinha com a irmã mais nova, Saba parte numa perigosa viagem, em busca do irmão.
O primeiro aspeto que chama a atenção neste livro é o estilo de escrita, com a ausência de pontuação nos diálogos e uma linguagem estranha, quase com erros ortográficos e como se estivéssemos na presença de pessoas sem escolaridade.
No início, estranha-se um pouco, contudo, ao fim de quarenta páginas, já conseguia ler de forma totalmente fluida. À medida que ia conhecendo este mundo, fui percebendo que esta forma de falar é característica das personagens, que vivem num mundo destruído, com grandes áreas desertas e onde os livros e saber ler é considerado algo "antigo". Além disso, as personagens têm uma espécie de sotaque que só é percetível na edição inglesa, na nossa tradução perdeu-se esse pormenor.
A falta de pontuação dos diálogos, embora pareça confusa no início, não perturba em nada a leitura.
A narrativa está bem estruturada e conduz o leitor numa viagem por um mundo violento. A ação é constante, está sempre alguma coisa a acontecer, pelo que este é um livro extremamente empolgante e de leitura compulsiva.
Apesar da autora não explicar como é que o mundo chegou a este estado, toda a história é bastante original e rica em criatividade. As minhas partes preferidas, que me deixaram mesmo agarrada ao livro, foram as cenas passadas na jaula, as lutas e a fuga; assim como a grande luta com os vermes no enorme lago seco.
Há personagens cativantes e outras que nos provocam ira e nojo. Gostei da coragem de Saba, embora achasse que ela andava irritada o tempo todo; adorei o Jack e gostei ainda mais da evolução da relação de Saba com a irmã.
No geral, foi uma leitura extremamente positiva, e só não atribuo 5 estrelas porque não gostei do vilão, achei-o demasiado louco, estúpido e não me convenceu.
Tenho pena que os volumes seguintes da série não estejam publicados em Portugal, pois adoraria poder ler a continuação. Infelizmente, quando determinado livro não vende tanto, as editoras desistem de publicar a restante série, para tristeza dos leitores que apreciaram o início da história.
Se gostam de ficção científica e distopias, não percam a oportunidade de ler este livro. Tenho a certeza de que se vão sentir cativados do início ao fim.
Classificação: 4/5 estrelas
Tenho pena de não conseguir apreciar esta leitura tanto quanto tu aproveitaste. Nem sequer consigo sentir toda essa ânsia de leitura compulsiva.
ResponderEliminarNão consigo ficam empolgada, como tu ficas, com este género de livros. Talvez seja mesmo como dizes: racionalizo demais as coisas.
Beijinhs
Paciência, não podemos gostar todos do mesmo.
EliminarEu li uma grande parte do livro no autocarro e algumas partes prenderam-me tanto que nem senti aquela preguiça e vontade de dormitar na viagem. Estava demasiado empolgada. :D
Beijinhos