«Traições, segredos e instáveis lealdades familiares.
Isto é Colleen Hoover no seu melhor.»
Publishers Weekly
As minhas expectativas em relação a este livro eram bastante elevadas, tal como acontece sempre que é publicado um novo romance da Colleen Hoover, uma autora bastante acarinhada pelas leitoras portuguesas.
Sabia que o livro teria um registo diferente do Verity (que se insere na categoria de thriller e que adorei!), por isso parti para a leitura consciente de que não podia fazer comparações.
Outro aspeto que poderá também ter mexido com as minhas expectativas foi ter criado uma ideia na minha imaginação, tendo em conta o título original da obra: Regretting You. Sabia que era uma história sobre uma mãe e uma filha e, com base nesse título, imaginei algo bastante diferente daquilo que acabei por encontrar dentro destas páginas.
Devo ainda confessar que não gosto muito do título português; não me soa bem e não há propriamente uma explicação na história para ele.
Sempre Tu é a história de uma mãe e de uma filha que parecem ter pouco em comum. Morgan foi mãe demasiado cedo e viu-se obrigada a adiar os seus sonhos. Por sua vez, Clara não quer seguir os passos da mãe, que considera demasiado prevísivel,
Quando uma tragédia se abate sobre esta família, mãe e filha irão ver o seu mundo abater-se e o equilíbrio entre ambas quebra-se.
O livro vai alternando entre as diferentes perspectivas da mãe e da filha. Apreciei bastante o ponto de vista da mãe, embora eu e a Morgan não tenhamos praticamente nada em comum, exceto a idade bastante próxima. Contudo, senti bastante mais empatia pelos seus dilemas, pela sua história de vida, as suas dúvidas e incertezas e a forma como se tentou endireitar após sofrer a pior das tragédias.
Por outro lado, os capítulos dedicados à Clara formam praticamente um romance jovem-adulto dentro de uma história mais dramática. Gostei, mas confesso que dificilmente me sinto fascinada com histórias sobre adolescentes. Na minha atual fase enquanto leitora, tenho uma maior preferência por personagens e temáticas mais adultas.
[Fotografia da minha autoria]
Por muito que me custe admitir isto, Sempre Tu foi o livro da Colleen que menos me surpreendeu. Soube-me a pouco. Achei-o muito morno, sem surpresas e com reviravoltas praticamente inexistentes. A cena mais dramática acontece por volta do capítulo 5 e depois não há mais nada que deixe o leitor boquiaberto, que lhe tire o chão. À medida que me aproximava do final, estive sempre à espera que a autora lançasse uma das suas bombas, como ela tão bem sabe fazer. Mas não houve bomba, nem explosão... nem um bocadinho de fumo sequer.
Os segredos que vão existindo ao longo da história tornam interessante a dinâmica entre mãe e filha, isto é, provocam imensos mal-entendidos que causam ressentimentos entre as duas e que poderiam ser resolvidos se elas se limitassem a conversar. Esta falta de comunicação entre mãe e filha acaba por ser a única coisa que faz avançar a história.
Irritei-me várias vezes com as atitudes rebeldes da Clara; nem imaginam as vezes que tive vontade de gritar com ela ou de lhe dar um par de estalos. Contudo, ela estava a sofrer e rebelar-se foi a única forma que encontrou para tentar lidar com esta terrível perda.
Por fim, tive pena de não ter sabido mais sobre o Chris e a Jenny e de nunca vir a conhecer o conteúdo das cartas.
Para concluir, este foi o livro da Colleen que até agora menos me entusiasmou, talvez por não ser tão dramático, embora a temática do luto seja, só por si, complicada. Não deixo, no entanto, de recomendar a sua leitura, até porque diferentes leitores terão diferentes pontos de vista. Acredito que quem aprecia o género jovem-adulto (Young-Adult) vai gostar imenso de conhecer a Clara e o Miller.
Leiam, desfrutem e partilhem comigo a vossa opinião!
Classificação: 3/5 estrelas
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